Seis anos atrasada, nova geração do Peugeot 2008 desembarca no Brasil
Sem atualização profunda desde que foi lançado em 2015, o SUV chega à segunda geração já com o facelift de meio de vida
Em 2019, a Peugeot lançou a segunda geração do 2008 na Europa. Aguardada por aqui, a atualização demorou tanto para chegar ao Brasil que, ao vir para cá, já chegou com o facelift de meio vida – e com um leve atraso também, já que ele foi atualizado no Velho Continente há mais de um ano. A marca finalmente apresenta o SUV renovado por aqui.
A nova geração – no facelift de meio de vida – chega cheia de novidades, do motor ao visual, mas a mais estranha é o preço. Serão três versões para o SUV, que, pelo anunciado, parte de R$ 119.990. Mas este valor é promocional e, pelo indicado no site da marca, a opção de entrada Active custará salgados R$ 20 mil a mais, saindo por R$ 139.990.
Não é só a Active de entrada que tem uma diferença gritante nos valores, as demais configurações também têm. A Allure, intermediária, custará R$ 149.990 (ante R$ 129.990 do anunciado), enquanto a topo de linha, a GT, bate em surreais R$ 169.990 (R$ 149.990).
Estes valores salgados ficam ainda mais surreais ao observar o conjunto mecânico do SUV. Ele aposenta, de uma vez, os dois motores 1.6 (aspirado e THP). No lugar, passa a utilizar a caixa criada pela prima Fiat (as duas marcas fazem parte do mesmo grupo, a Stellantis), o moderno 1.0 turbo. No entanto, não terá, ao menos por agora, uma opção mais potente.
O propulsor gera 130 cavalos com etanol e 125 cavalos quando abastecido com gasolina, o torque é sempre de 20,4kgfm. A caixa de força está alinhada ao câmbio automático do tipo CVT e direção elétrica. Por quase R$ 170 mil, ao menos a opção topo de linha merecia um motor mais forte, como os primos Fiat Fastback e Jeep Renegade.
Na parte visual, o 2008 muda completamente, já que a segunda geração não passou por aqui. Com isso, a novidade em nada se parece com a anterior. A dianteira tem uma grade gigante, bem alinhada com os faróis e com a luz de circulação diurna, que são três filetes de LED nas pontas do para-choque.
A traseira tem um filete em preto brilhante que une as lanternas e leva o nome da marca. Há ainda um pequeno spoiler no alto da tampa do porta-malas e uma imitação de rack no teto. Nas laterais, rodas de visual diferenciado, saias de proteção e coluna C escura.
A cabine também muda bem e segue o padrão visto no irmão menor, o 208. Com destaque para as telas, da central multimídia e do painel de instrumentos, comandos nas teclas tipo piano e volante de base dupla achatada, até as saídas de ar foram redesenhadas.
Entre os equipamentos, a opção de entrada Active vem com faróis em LED, luz de circulação diurna também em LED, rodas de 17 polegadas diamantadas, central multimídia com tela de 10,3 polegadas, painel de instrumentos i-Cockpit 2D, ar-condicionado digital, banco do motorista com regulagem de altura, sensores estacionamento traseiro, crepuscular e de chuva, freio de estacionamento eletrônico e câmera de ré.
A intermediária Allure recebe retrovisores externos com rebatimento eletrônico, câmera 360º, carregamento de smartphone por indução, bancos em couro, chave sensorial, partida por botão, sensor de estacionamento dianteiro e monitoramento de ponto cego.
A topo de linha ganha teto biton, painel de instrumentos i-Cockpit 3D, identidade GT com badge, adesivo e tapetes exclusivos, grade bodycolor, pedais esportivos em alumínio, borboletas no volante para trocas de marchas, bancos exclusivos em couro com costura verde GT, teto solar panorâmico, seis airbags e o Peugeot Driver Assist.
O novo sistema agrega alerta de colisão, frenagem de emergência automática, auxílio de farol alto, reconhecimento automático de sinalização de velocidade, detector de fadiga e alerta e correção de permanência em faixa.
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