HR-V ‘salva pele’ da Honda em 2023, enquanto City e Civic micam
Apenas o SUV compacto, que foi responsável por quase 70% das vendas da japonesa, se saiu bem por aqui no último ano
Durante muito tempo, o Civic foi o carro-chefe da Honda no Brasil. O sedã, que fez muito sucesso principalmente nas gerações 8 e 10, foi completamente renegado pela marca na atual, a 11º. Importado e com preço de veículo premium, o modelo teve uma queda significativa nas vendas.
Apresentado em janeiro passado, o novo Civic teve praticamente um ano inteiro de vendas e, mesmo assim, foi uma completa decepção. O sedã emplacou míseros 475 unidades em 2023, pouco mais de 1% do que seu grande rival histórico, o Toyota Corolla, e amargou uma nona posição entre os sedãs médios.
Os números foram tão pífios que até modelos premium e de luxo, muito mais caros, como Porsche Panamera, Audi A5 e BMW 330e, venderam mais que o japonês por aqui. Ele ainda viu um novato e elétrico BYD Seal, com pouco mais de três meses de vendas, emplacar quase o triplo, e o desconhecido Hyundai Ioniq, com menos tempo de mercado, vender quase a mesma quantidade.
Mas os números ruins não foram exclusividade do Civic. A família City também fez feio. Com produtos renovados e recheados de boas tecnologias, os compactos derraparam no motor aspirado e preço assustador (a versão topo do hatch chega a R$ 136.600, enquanto a do sedã bate em R$ 139.100) e despencaram nos emplacamentos.
O City Hatch, principal novidade da linha de compactos da japonesa, saiu de 16.115 (que já não era muito) unidades emplacadas em 2022 para míseros 10.802, uma queda vertiginosa de 32,96%. O sedã também fez feio, passando de 15.783 para 11.841, uma redução de 24,97%.
Mas a marca foi “salva” por um modelo: o HR-V. O SUV foi responsável por nada menos que 66,71% dos emplacamentos da Honda no Brasil em 2023. Ao todo, foram 48.054 unidades emplacadas, contra 15.404 de 2022, um crescimento considerável de 212%.
Ainda assim, ele está longe de repetir o feito de 2015 e 2016, quando foi líder da categoria. Mesmo com a alta exponencial em 2023, o japonês figurou em um singelo sétimo lugar no geral e em sexto, contando apenas os utilitários compactos.