Fim de uma era: Volvo produzirá último veículo diesel no início de 2024
A medida faz parte das ações da empresa para atingir o compromisso de produzir e comercializar apenas carros elétricos até 2030
A Volvo anuncia o fim da produção de veículos diesel em todo o mundo, o último modelo será fabricado no início de 2024. A marca, que desde 2022 no Brasil só comercializa carros eletrificados, dá mais um passo para a produção apenas de veículos elétricos até 2030. A sueca afirma também que pretende ser uma empresa 100% neutra em carbono até 2040.
Com este anúncio, a Volvo se torna uma das primeiras empresas do setor automotivo a dar esse passo e comprova que os objetivos da companhia de se tornar 100% elétrica não são apenas ambiciosos, mas estão em pleno desenvolvimento. A medida segue a decisão do ano passado, de parar o desenvolvimento de novos motores à combustão.
“Motores elétricos são o futuro, e são superiores a motores a combustão, eles geram menos barulho, menos vibração e menos custos de manutenção e zero emissões. Estamos focados em criar um vasto portfólio de carros premium elétricos que entreguem tudo o que nossos consumidores esperam de um Volvo, e são uma parte importante da nossa resposta à mudança climática”, afirma Jim Rowan, CEO da Volvo Cars.
Segundo a marca, a decisão de parar completamente de produzir carros a diesel no início de 2024 demonstra quão rápido a indústria e os consumidores estão mudando devido à crise climática. Há quatro anos, o motor a diesel era o produto mais popular da empresa na Europa.
A maioria dos carros vendidos no continente em 2019 eram movidos a diesel, uma vez que os modelos elétricos estavam apenas começando a se inserir no mercado. A tendência se inverteu rapidamente desde então, movida por uma demanda de mercado, leis de emissão de carbono mais rigorosas e o foco da companhia em eletrificação.
A maioria das vendas na Europa, agora, consistem de carros eletrificados, sejam eles híbridos ou 100% elétricos. A sueca acredita que menos carros a diesel nas ruas tem também um efeito positivo na qualidade do ar das cidades.
Apesar de os motores a diesel emitirem menos CO² que os propulsores a gasolina, eles desprendem muito mais gases nocivos, como óxidos de nitrogênio (NOx), que tem um efeito adverso na qualidade do ar, especialmente em áreas urbanizadas.