Fiat Toro Volcano, uma picape multifacetas boa no asfalto e na terra

Testamos a versão — quase — topo de linha da caminhonete ítalo-brasileira

Desde a sua primeira aparição, no Salão do Automóvel de São Paulo de 2014, a Fiat Toro (há época como um conceito), chama a atenção. Do lançamento para cá, já foram produzidas mais de 200 mil unidades da picape que recebeu o primeiro facelift neste ano. Testamos a versão, quase, todo de linha e renovada da caminhonete, a Volcano. 

A opção foi, por um tempo, a configuração mais cara da ítalo-brasileira (hoje a topo de linha fica dividida em duas, entre Ranch e Ultra, que está em pré-venda). Mesmo não sendo mais a topo de linha, a versão ainda é muito bem completa, mas não pede pouco para isso. 

Interior praticamente não foi alterado.

A Volcano parte de salgados R$ 155.990, mas pode chegar a surreais R$ 167.089 dependendo dos opcionais. A versão testada sai por R$ 162.490, por causa da pintura metálica e dos bancos em couro. 

Para o facelift, a Fiat não mexeu no conjunto mecânico, até porque — ainda — não precisa. A picape é equipada com o forte motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos e 35,7kgfm de torque, com transmissão automática de nove velocidades, direção elétrica e tração integral 4×4. Sem falar na capacidade de carga de uma tonelada. 

Beleza atemporal

De porte intermediário, a picape tem boa área de carga.

Uma coisa que sempre chamou a atenção na Toro é o visual. A versão final da picape é muito semelhante ao conceito apresentado no Salão do Automóvel de 2014. No facelift realizado no meio do ano, a montadora pouco mexeu no design da caminhonete, que assim como o conjunto mecânico, ainda vai muito bem. 

A principal — e praticamente única — mudança focou na parte inferior do para-choque dianteiro, que ganhou airbumps diferenciados e que protegem melhor a peça, principalmente em trilhas off-road. 

A tela da central cresceu e agora tem sete polegadas.

De resto, a picape mantém a elegância que a consagrou desde o lançamento. Inclusive com a tampa da caçamba de abertura dupla, o que facilita — e muito — o acesso para a área de carga, que não é tão bom como de uma caminhonete média, mas muito melhor que de uma pequena. 

Por dentro, apenas uma mudança significativa, a tela da central multimídia foi alterada e está maior, agora com sete polegadas. No mais, tudo igual. Um ponto interessante são as molduras das saídas de ar-condicionado e dos puxadores da porta, que acompanham a cor da carroceria. 

Para facilitar o acesso, a tampa da caçamba tem porta dupla.

O espaço interno é honesto. O ideal é levar quatro pessoas, que viajam com conforto, uma quinta sempre gera aperto, principalmente por causa do túnel central, que não é tão alto, mas atrapalha quem vai no meio. 

Força bruta

Motor 2.0 diesel de 170 cavalos.

Como uma boa picape, a Toro Vulcano utiliza um motor a diesel combinado a uma tração 4×4. Ela ainda conta com transmissão automática de nove velocidades com opções de troca por meio de borboletas no volante, direção elétrica e suspensão independente nas quatro rodas.

Rodamos por estradas de chão e vias asfaltadas de Brasília e a Toro se sai muito bem. Como já é consagrado na picape, por ser monobloco, a direção é otimizada e a sensação é de estar conduzindo um SUV e não uma caminhonete. Com isso, não há, em momento algum, a impressão de que a caçamba vai “passar a frente” da dianteira. 

Pequena alteração visual com os airbumps no para-choque dianteiro.

Todas as manobras são feitas de forma tranquila, o motorista só precisa ter uma atenção maior na hora das saídas. Como qualquer motor movido a diesel, o 2.0 da Toro tem um pequeno delay na aceleração, pela necessidade da turbina “encher”, mas nada muito demorado. Assim que o sistema está em pleno funcionamento, a picape dispara com facilidade. 

Também andamos em locais com vias de terra, acidentada e até arenosa. Com o sistema 4×4 ativado, não há terreno que ela não supere, e com facilidade. A maioria dos obstáculos são superados sem precisar ativar a reduzida. Mas se for necessário utilizar toda a força do sistema, a picape se “transforma” um tratorzinho, com muita força empregadas nas rodas. 

Além de motor diesel, tração 4×4 e câmbio automático.

A suspensão independente nas quatro rodas trabalha tão bem quanto o resto do conjunto mecânico, absorvendo bem as imperfeições do solo (que na maioria dos asfaltos conseguem ser piores que em estradas de chão).  

Se o conjunto é bem otimizado e trabalha bem, o mesmo não podemos dizer do consumo. O oficial fica na casa dos 10km/l, durante o teste, ela fez apenas 8,4km/l. Mas como boa parte da avaliação foi feita em vias sem asfalto, podemos considerar que a diferença não foi tão impactante.  

Completinha

Painel de instrumentos tem display de sete polegadas.

Como estamos falando de uma versão que até pouco tempo era a topo de linha, a Volcano é bem recheada. Ela vem com diversos itens focados na segurança e no conforto. Sem contar, claro, com itens básicos como vidros, travas e ajustes dos retrovisores elétricos

Como destaque, ar-condicionado digital e dual zone, central multimídia com tela de sete polegadas e quadro de instrumentos também com display de sete polegadas, duas entradas USB, duas tomadas 12V, partida remota, abertura das portas e partida do motor com chave presencial e banco do motorista com regulagem de altura. 

Espaço é bom para até quatro passageiros, cinco ficam apertados. 

Na parte da segurança, a picape vem com controles de tração e estabilidade, assistentes de partida e de descida em rampa, sensores de estacionamento traseiro, pressão dos pneus, crepuscular e de chuva, câmera de ré, piloto automático, sete airbags (motorista, passageiro, laterais, cortina e joelho) e Isofix.

A opinião do Diário Motor

Fiat Toro Volcano.

A versão Volcano da Toro chama a atenção por diversos fatores. Do visual a lista de equipamentos, a picape vai muito bem. O grande porém, como em todo veículo no Brasil, é o preço. Afinal são R$ 155 mil em uma caminhonete intermediária. Neste preço, já é possível adquirir um modelo médio de entrada a diesel com câmbio automático. 

Mesmo assim, a Toro não decepciona, não a toa ela é a segunda picape mais vendida do país na lista com modelos de todos os tamanhos, atrás apenas da irmã menor, a Strada. Quem procura uma combinação de conforto, boa condução e área de carga, a caminhonete produzida em Pernambuco é uma boa pedida. 

Fiat Toro Volcano.

A lista de equipamentos é bem generosa. A partida remota é um conforto a mais, principalmente em regiões mais quentes como no Centro-Oeste. Assim como o ar-condicionado dual zone, um pequeno porém é ele não ter saída para trás.

O forte conjunto mecânico também trabalha de forma primorosa. Com a força do propulsor diesel em conjunto com a tração 4×4, não tem obstáculo que a picape não traspasse. Para quem precisa de um veículo com área de carga, mas que não tem necessidade de ser muito grande, a Toro é uma boa pedida. Vale a compra! Nota: 9.

Ficha Técnica 

Motor: 2.0  

Potência máxima: 170cv 

Torque máximo: 35,7kgfm 

Direção: elétrica

Suspensão: independente nas quatro rodas

Freios: a disco nas quatro rodas

Capacidade de carga: 1t 

Dimensões (A x L x C x EE): 1.746 x 1.844 x 4.915 x 2.990mm 

Preço: a partir de R$ 155.990

1/32Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.10º → Fiat Toro → 53.974 unidadesFiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.11º → Fiat Toro → 13.371 unidadesFiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano. Fotos: Geison Guedes/DPFiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.10º - Fiat Toro - 9.774 unidadesFiat Toro Volcano.Fiat Toro Volcano.Fiat convoca recall para a Toro.