Historiador revela que ex-guerrilheira do Araguaia manteve relação com torturador
É o que conta o livro 'Borboletas e Lobisomens', de Hugo Studart
Ex-guerrilheira do Araguaia no início dos anos 1970, Crimeia Almeida, codinome “Alice”, manteve longa relação amorosa com Joaquim Artur Lopes de Souza, o “Ivan”, militar que a interrogara e homem de confiança do general Antônio Bandeira, chefe da repressão à guerrilha. A revelação é do livro “Borboletas e lobisomens”, do jornalista e historiador Hugo Studart (ed. Francisco Alves), a ser lançado nesta terça (17) em Brasília. O livro sugere que os registros dessa relação foram destruídos por “Ivan”. A coluna não conseguiu fazer contato com a ativista Crimeia Almeida. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Das mulheres presas no Araguaia, só Crimeia alegou ter sido torturada apesar de grávida, ao reivindicar indenização da Comissão de Anistia.
No Hospital das Forças Armadas, onde deu à luz, Crimeia foi assistida por Léa, mulher do general Antônio Bandeira. Ganhou até enxoval.
O livro diz que em 1973 Criméia levou “Ivan” ao local no Araguaia onde depois foram executados 4 guerrilheiros, inclusive o pai do seu filho.
Veja a reprodução do início do relato da relação amorosa entre Criméia e o sargento Joaquim Artur Lopes de Souza, o “Ivan”: