Cláudio Humberto
Coluna CH / 18 de junho

Zanin já contabiliza 52 votos no Senado para ser ministro do STF

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Advogado de Lula, Cristiano Zanin busca apoio de senadores

Advogado pessoal do presidente Lula (PT), Cristiano Zanin tem feito a peregrinação habitual de indicados a vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem surtido efeito. Pelas contas do Palácio do Planalto, o indicado de Lula para o lugar de Ricardo Lewandowski já tem, pelo menos, 52 votos pela sua aprovação entre os senadores. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que fará a primeira análise do nome de Zanin no Senado, a expectativa é de folga grande: ao menos 19 votos.

Senado antagônico

Último ministro indicado ao Supremo antes de Zanin, André Mendonça recebeu 18 votos favoráveis na CCJ e 47 no plenário do Senado.

Indicar é realizar

Desde a promulgação da Constituição 1988 o Senado Federal nunca rejeitou uma indicação do presidente da República para o STF.

Otimismo demais

Para o líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (ex-Rede), o placar de Zanin no plenário será superior a 60 votos.

Aprovadíssimo

Recordista no Senado, o ministro Luiz Fux teve 68 votos a 2 no plenário (único a superar 60 na atual composição) e unanimidade na CCJ, 23 a 0.

Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO).

Contestar não é ‘antidemocrático’, é um direito

Coube a Rui Costa Pimenta, líder do Partido da Causa Operária (PCO), importante lição sobre Democracia. Trata-se de um ativista de esquerda que compreende e acata o espírito da Constituição Cidadã de 1988. Lembrou nas redes sociais que, ao contrário da “norma” do cassetete em vigor, contestar a atuação do Estado nada tem de antidemocrático. “Quer achar o Estado maravilhoso, tem todo o direito de dizê-lo”, mas “quem achar o contrário, também o tem.” Falar não mata, nem agride, ensina.

Apego à democracia

Ainda que nutra simpatia por regimes autoritários de esquerda, Pimenta mostra apego a Democracia que mal se vê na Praça dos Três Poderes.

Consciências pesadas

As palavras de Pimenta, ele próprio vítima do surto autoritário no País, deveriam calar fundo nas consciências de democratas de meia pataca.

Eles sabem

Não se sabe exatamente a quem o líder do PCO dirige suas críticas, mas os destinatários estão carecas de saber.

Poder sem Pudor

Um hábil auxiliar

José Sarney guarda com carinho uma carta de Jânio Quadros, datada de 1989, quando era presidente da República. No documento, o ex-presidente o cumprimentava pela nomeação de um antigo auxiliar, Augusto Marzagão, e o definia: “Ele foi dos mais hábeis auxiliares que já tive. É tal a sua habilidade que não tenho a menor dúvida de que, se um dia ele encontrar a morte, vai olhá-la da cabeça aos pés e dizer: ‘Nunca imaginei que a senhora fosse tão magrinha e elegante.’”

Sem limites

A ação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal contra o senador Marcos do Val (Pode-ES) rendeu críticas no Senado. Eduardo Girão (Novo-CE) classificou a batida como “grande escalada autoritária”.

Pré-férias

O Senado do roda-presa Rodrigo Pacheco promete andar. Na terça (20), a Comissão de Assuntos Econômicos discute o marco fiscal e, na quarta-feira, a CCJ analisa a indicação de Cristiano Zanin ao STF.

Xô, caloteiro

Doze deputados do PL estão de olho na esperteza de Alberto Fernández, que, depois de quebrar a Argentina, agora quer o BNDES financiando obras no seu país e/ou que o Brasil dê aval a um empréstimo de US$7 bilhões no Banco do Brics. A Argentina já aplicou 9 calotes no Brasil.

Estilo Cunha

A deputada Dani Cunha (União-RJ) chamou de “falaciosa” a notícia de que o projeto de sua autoria aprovou descumprimento da lei da ficha limpa. “A jornalista [estava] literalmente viajando na maionese”, disse.

Frase do dia

“A democracia lhe dá o direito de continuar falando bobagem”

Ex-deputado Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, sobre o podcaster censurado Monark

Senado sempre aprova

Último indicado de Dilma (PT) para o STF, o ministro Luiz Edson Fachin tinha resistência no plenário do Senado que, dali a menos de um ano, cassaria o mandato da presidente. Ainda assim foi aprovado por 52 a 27.

Perda de relevância

Em queda desde janeiro, após picos no ano passado, o interesse por Lula e Jair Bolsonaro tem caído na internet, apontam dados do Google Trends. Numa escala de 0 a 100, Lula registra três e Bolsonaro, dois.

Virou troco

Sem ter muito mais para onde cair, as ações das Americanas, que chegaram a valer R$121 por unidade na pandemia, conseguiram fechar em nova queda na sexta (16). Ao fim do pregão valia apenas R$1,19.

Redução do bem

As fraudes nas compras pela internet para o Dia dos Namorados tiveram uma queda de 40%, aponta levantamento da ClearSale, empresa especializada em risco e segurança. Compras na internet caíram 6,2%.

Pensando bem...

...boa vida é passar 20% do mandato viajando por conta da Viúva.

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