Se reeleito, Bolsonaro só terá adversários chefiando o STF

Se for reeleito, como pretende, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não terá vida fácil no Supremo Tribunal Federal (STF). Os problemas seguirão sérios com a nova presidente, Rosa Weber, mas ainda maiores após sua aposentadoria, dentro de um ano. Se a atuação do ex-presidente Luiz Fux incomodou, Bolsonaro não viu nada: conviverá com seus maiores adversários chefiando o STF. Após Weber, será a vez de o ministro Luís Roberto Barroso presidir a Corte, já a partir de outubro do próximo ano.

Mandato curto

Rosa Weber terá de deixar o cargo em outubro de 2023, ao completar a idade-limite de 75 anos para permanecer na ativa.

Depois, Fachin

Barroso presidirá o STF até outubro de 2025, quando será substituído por ninguém menos que o ministro Edson Fachin, ele mesmo.

Fortes emoções

Um Bolsonaro reeleito só não terá de encarar o xerife do STF, Alexandre de Moraes, que assumirá a presidência em 2027, quando ele já for ex.

Haveria reação

Bolsonaristas apostam que nada será como antes no STF, com eventual reeleição, alterando-se a composição e fixando mandato para ministros.

Brasil dá aula de economia aos EUA e China

Os resultados recentes da economia têm mostrado que o Brasil fez o dever de casa e virou modelo a ser seguido pelas maiores potências econômicas: EUA e China. Enquanto o Brasil segue surpreendendo com notícias positivas a cada semana, americanos acumulam inflação superior à nossa, este ano, e o “crescimento chinês”, segundo o ministro Adolfo Sachsida (Minas e Energia), deve ser superado pelo brasileiro.

A mais recente

Para melhorar, o crescimento do setor de serviços foi de 1,1% em julho, quase o dobro da previsão do mercado, que era de alta de 0,6%.

Esses ianques

A inflação oficial americana no mês de agosto fez caminho oposto. A previsão do mercado era deflação de 0,1% e os preços subiram 0,1%.

Cruzamento a caminho

As previsões para o PIB do Brasil seguem subindo e já se aproximam de 3%. Na China, previsões seguem caindo, também para perto de 3%.

Poder sem Pudor

Necrológio prematuro

O senador cearense Almir Pinto foi à tribuna e fez um emocionado discurso em homenagem ao dentista Pedro Barroso, ex-reitor da UFCE. Só depois de muitos telegramas de condolências terem sido enviados por parlamentares de Brasília à “família enlutada”, soube-se que Barroso permanecia vivinho da silva. Todos quase morreram de vergonha. Mas, quinze dias depois, Barroso faleceu mesmo. Reza a lenda a maldade de que o senador teria ficado aliviado.

Não ao despotismo

O baiano Augusto Aras defendeu no discurso da posse da ministra Rosa Weber os “direitos individuais indisponíveis” e o Estado Democrático de Direito. E ainda lembrou a aversão ao despotismo proclamada no Hino da Bahia: “Com tiranos não combinam/ Brasileiros, brasileiros corações”.

Virou pessoal?

Na posse do STF, convidados perceberam que Alexandre de Moraes não falou com Augusto Aras, nem na chegada e nem no fim do evento. Foi o único a não cumprimentar o chefe do Ministério Público após o discurso.

Perderam as ruas

O fracasso dos comícios de Lula, após os milhões de “cuscuz clan” bolsonaristas, confirma a análise do cientista político Fernando Schuller, para quem as esquerdas perderam as ruas. E ganharão as eleições?

Falta credibilidade

Weverton Rocha (PDT) foi à forra com o “falecido” Ibope, que hoje se chama Ipec, ao divulgar a pesquisa para o Senado no Maranhão em agosto de 2018. Ele aparecia em 5º com 11%, acabou eleito com 35%.

Lorota em números

O Ipec (ex-Ibope) indicou que 37% dos brasileiros se identificam com a direita, 35% com o centro e 26%, a esquerda. Ainda assim: Bolsonaro teria 31% e Lula 46%, segundo a pesquisa eleitoral do mesmo instituto.

Lacração em Alagoas

A ONG Transparência Eleitoral Brasil estará em Alagoas nesta quarta (14) para a cerimônia de lacrações das urnas eletrônicas. Ana Claudia Santano, coordenadora da ONG, diz que foram mobilizados cem membros para percorrer zonas eleitorais de todo os Estados.

Vai que uma acerta

Quase 1,6 mil pesquisas eleitorais já foram registradas no sistema do TSE para as eleições 2022. A maior parte delas (942) avalia disputas pelos 27 governos estaduais e 635 são pesquisas presidenciais.

Interesse é outro

A 19 dias das eleições, o Google Trends apontava ontem (13) que nem mesmo um dos dez assuntos mais pesquisado do dia tinha a ver com a campanha, candidatos ou propostas. O futebol (internacional) dominou.

Pensando bem...

...se o jogo estivesse resolvido, nem precisava ser jogado.