Relator espera 300 votos para manter Brazão preso

Estimativa do relator na Câmara do processo de prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ), Darci de Matos (PSD-SC) em conversa com a coluna, é de cerca de 300 votos pela manutenção do cárcere do parlamentar suspeito de ter sido um dos mandantes da morte da Marielle Franco (2018). Matos se reúne nesta terça-feira (9) com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para afinar detalhes da votação, na quinta (11). Para manter a prisão são necessários, no mínimo, 257 votos no plenário.

Precedente perigoso

O relator diz que há temor entre colegas do precedente que a validação pode abrir: prisão em flagrante “que não é bem flagrante”.

Já era

No PP, que deve registrar dissidentes, o conta é pela prisão: “Acredito que teremos um placar acima de 400 votos”, calcula José Nelto (PP-GO).

Pêndulo

O PL, com 95 deputados, se reúne nesta terça para definir a posição do partido. O voto pela manutenção da prisão é dado como certo.

Tecnicidade

Prospera entre liberais a avaliação de que “tecnicamente a prisão não tem razão de ser”, avaliou à coluna uma liderança do partido.

Gabinetes do Senado já consumiram R$7 milhões

Muito bem instalados em Brasília, os 81 senadores já impuseram ao pagador de impostos quase R$7 milhões (R$6.960.990,48) em gastos para manutenção dos seus gabinetes somente em 2024. O sergipano Laércio Oliveira (PP) tem elogiada atuação parlamentar, mas apresenta a estrutura mais cara, ao custo de R$190,2 mil, afora salários. No total, R$87.654,65 somente em “locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis”, despesas mais frequentes da maioria dos senadores.

Prata

O gabinete do senador petista Beto Faro custou R$176,1 mil este ano. Só em propaganda de suas atividades gastou R$49,6 mil.

Alma do negócio

Quem mais gasta em “divulgação da atividade parlamentar” é Davi Alcolumbre (União-AP): R$82,5 mil. Seu gabinete custou R$111,2 mil.

Econômicos

Nada gastaram Eduardo Girão (Novo-CE), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Janaína Farias (PT-CE), que não teve tempo: assumiu há dias.

Poder sem Pudor

Eu bebo, sim

Flores da Cunha foi um dos maiores líderes políticos do Rio Grande do Sul, mesmo com a reputação de emérito boêmio, chegado ao carteado, às bebidas e às mulheres, como cutucou um adversário, num comício: “Não bebo, não jogo e nem ando com mulheres de vida duvidosa!” O líder gaúcho ganhou a eleição admitindo, sem medo de ser feliz: “Pois eu bebo, fumo, jogo, ando com mulheres... E tenho votos.”

Lista da vergonha

Deltan Dallagnol listou países onde o X, antigo Twitter, é proibido, como periga ocorrer no Brasil. A lista tem Rússia, China, Mianmar, Coréia do Norte, Irã e Turcomenistão. Todos eles ditaduras da pior qualidade.

Presepada reiterada

O governo Lula continua dedicado à tarefa de vitimizar Bolsonaro, com perseguições que viram tiros no pé. É o caso da multa por “importunação de baleia”, acusação da qual foi inocentado pela Polícia Federal.

Oportunismo, não

Vai dar em nada a pressão de José Guimarães (PT-CE), líder de Lula na Câmara, para votar censura nas redes sociais. O presidente da Câmara, Arthur Lira, acha que ânimos acirrados não são bons conselheiros.

Cariocas nas ruas

Líderes políticos do Rio esperam manifestação história em Copacabana, dia 21, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A ideia é superar o público recorde registrado no recente ato da Avenida Paulista.

Conta outra

Após mais de 450 dias, o 8 de janeiro continua pretextando coisas que até Deus duvida. A Câmara gastará extravagantes R$700 mil na troca do carpete do Salão Verde alegando que teria sido danificado na baderna.

O mundo capota

Agora que está cavando a presidência da Petrobras, Aloizio Mercadante foi acusado na Lava Jato de tentar impedir a delação do ex-senador Delcídio Amaral (PT) contra petista de corrupção... na Petrobras.

Triste memória

Um dos nomes no chapéu para presidir o BNDES, Nelson Barbosa foi duas vezes ministro (Planejamento, depois Fazenda) de Dilma nos anos da pior crise econômica da História. Sem pandemia, nem guerras.

Não é normal

Nikolas Ferreira cobrou que o Senado apure acusações contra Alexandre de Moraes. “É inaceitável lidar com as declarações e acusações do Elon Musk com normalidade”, avaliou o deputado.

Pensando bem...

...a hipocrisia vigente ignora a democracia em nome de “valores democráticos” e dissemina o ódio alegando “combate ao ódio”.