ONG que tentou anular a portaria de Moro levou R$ 300 mil de deputado do PDT

A ONG Anjos da Liberdade, que tentou no Supremo Tribunal Federal anular portaria do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro que proibiu visitas íntimas em presídios federais, levou R$300 mil em emenda parlamentar do ex-deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ), como indica o portal da transparência. A grana foi para levantar “dados acerca dos usuários da Cracolândia do Jacarezinho que possuem ficha de antecedentes criminais”. A proibição de visitas íntimas gerou o plano para matar Moro.

Carrões e afins

O aporte do dinheiro público é café pequeno perto do patrimônio declarado da presidente da ONG, Flávia Fróes: mais de R$2,7 milhões.

Interesses escusos

A ONG levanta suspeitas do Ministério Público como suposta “laranja jurídica” do PCC, como já disse a deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Flashs no poder

Flávia Froés circula bem em Brasília. Gosta de ostentar fotos ao lado de autoridades, até ministro do Supremo Tribunal Federal.

Ongueira suplente

A “Drª Flávia Froés” já tentou se inserir na política como deputada federal pelo União Brasil-RJ. Virou suplente após as eleições de 2022.

Dino atribui a adversários o próprio comportamento

O ministro Flávio Dino (Justiça) parecia tão descompensado, na quarta (22), que chegou a acusar opositores do comportamento que ele próprio adotou, de promover o “aproveitamento político” da trama descoberta pela Polícia Federal para assassinar o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). Dino ainda protagonizou algo impensável para quem, como ele, ativista radical, que passou a vida pública filiado ao materialista PCdoB: agradeceu a “Nosso Senhor Jesus Cristo” pela atuação da PF.

Post político

Logo cedo, ao divulgar a operação da PF nas redes sociais, Flávio Dino nem sequer citou o nome de Moro, a quem tratou de “um senador”.

Ódio relativizado

Mais tarde, irritado com as referências à declaração de ódio do presidente Lula contra Moro, ele chamou a ligação de “mau caratismo”.

Esqueceram o RN

O ministro deveria se mostrar aliviado: a operação policial fez o País esquecer por instante o papel vexatório do governo nos ataques ao RN.

Poder sem Pudor

Efeitos especiais

O então deputado estadual Sebastião Almeida (PT) elogiava o governo federal, certa vez, pela entrega de ambulâncias em Guarulhos (SP), quando uma sirene disparou no plenário da Assembleia Legislativa paulista. “Juro que não é efeito sonoro do meu discurso!” avisou ao microfone, arrancando gargalhadas. Era um falso alarme de incêndio.

Eles amam o ódio

Entidades como “juízes pela democracia”, associações do MP ou de defesa de “prerrogativas” mantiveram silêncio cúmplice, sobre as ameaças a Sérgio Moro. Só faltaram protestar contras as prisões.

Crime é organizado

O promotor Lincoln Gakiya, outro herói brasileiro ameaçado, revelou ontem à BandNews TV que a organização criminosa tem uma espécie de “departamento” encarregado de planejar crimes contra autoridades.

Conferindo taxas

Enquanto a temperatura política atingia níveis muito elevados, o ministro José Múcio (Defesa) fazia exames anuais de rotina, no hospital DF Star, de Brasília, para conferir que está tudo bem com a saúde.

Sonhar pode

O atual favorito do Planalto para substituir Roberto Campos Neto no Banco Central é o banqueiro André Lara Resende. Mas Lula terá que esperar. O mandato de Campos Neto só acaba em dezembro de 2024.

Decoro presidencial

Foi até engraçado senadores governistas acusarem oposicionistas de “quebra de decoro” por repetirem os palavrões de Lula em entrevista, na qual disse que pretendia “f(*)” Sergio Moro e jurando vingança.

Lula malabarista

Lula colocou um pé em cada canoa nesta quarta (22). Almoçou com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e correu para agenda com o adversário dela, João Campos (PSB), prefeito do Recife.

Ela outra vez

Ninguém entendeu o motivo de Janja, que adora holofote, estar no palanque, em destaque, no relançamento do Programa de Aquisição de Alimento (PAA). A primeira-dama não tem qualquer ligação com o PAA.

Sonho distante

Brilha em Rui Costa (Casa Civil) o sonho de ser apadrinhado por Lula na sucessão ao Planalto. Após ser chamado de “Dilma de calças” pelo presidente, se é que isso é bom, o ministro renovou a aspiração.

Pergunta no Código

Ameaçar senador da República não vale nem um inqueritozinho “em defesa das instituições democráticas”?