Cláudio Humberto
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo VilelaNunes Marques presidirá as eleições de 2024
Em vez de um ministro considerado um adversário, se o presidente Jair Bolsonaro estiver no cargo contará com um amigo na presidência das próximas eleições municipais, marcadas para outubro de 2024. É que o ministro Kássio Nunes Marques, que ele indicou ao Supremo Tribunal Federal (STF), assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele ano, tanto quanto Alexandre de Moraes em 2022. Com um detalhe: o vice será outro “aliado”, o ministro André Mendonça.
Substituindo Cármen
Nunes Marques assumirá o comando do TSE em agosto de 2024 na vaga da ministra Cármen Lúcia.
Dois anos de Moraes
Ela assumirá a presidência do TSE em junho de 2024 quando termina o mandato do atual presidente, ministro Alexandre de Moraes.
Segundo biênio
Cármen Lúcia ficará apenas dois meses na presidência do TSE em razão do término do seu segundo biênio no tribunal.
Mendonça na vice
Com a saída de Cármen Lúcia, o ministro Andre Luis de Almeida Mendonça, outro indicado de Bolsonaro, será vice-presidente do TSE.
Pesquisas em xeque com Lula ‘liderando no Sul’
Tanto quanto a penúltima Quaest dava Lula na frente de Bolsonaro na região Sul, e “corrigiu” a mancada no levantamento de quarta (17), fazendo o atual presidente “saltar” 14 pontos em duas semanas, agora foi a vez de o Datafolha perpetrar a mesma lorota, dando o petista à frente na mesma região Sul. Lula e o PT jamais, nem no auge do ex-presidente, conseguiram liderar ou vencer disputa presidencial no Sul.
Dobrando a meta
Poderdata de quarta (17), 3.500 entrevistados, apontou Lula 7 pontos à frente. Quinta (18), o Datafolha mais que “dobrou a meta”: 15 pontos.
Não se entendem
Em 1º de agosto, o Paraná Pesquisas apontou Bolsonaro à frente em São Paulo (40,1% a 36,2%), mas o Datafolha crava 13 pontos pró-Lula.
Nova depuração
Após as últimas houve instituto que mudou de nome para não acabar, tipo Ibope, resultados tão díspares sugerem nova depuração em 2022.
Poder sem Pudor
As razões de Figueiredo
O empresário Ciro Batelli, que se radicaria em Las Vegas, antigo batalhador pela legalização do jogo no Brasil, certa vez encontrou o então presidente João Figueiredo no hotel Cad’Oro, em São Paulo. O general colocou o braço sobre o seu ombro para dar uma explicação e fazer uma confissão: “Tenho te visto dando dignidade ao que defendes. Não sou contra cassinos. Os milicos não ganham tanto quanto dizem, por isso nunca entrei num cassino. Sou contra por comodidade. Se aprovar, vou ter que dar 419 cassinos para os 419 f.d.p. da Câmara dos Deputados! Por isso sou contra.” Atualmente a Câmara tem 513.
Consciência tranquila
Ministro aposentado do STF e três vezes presidente do TSE, Marco Aurélio disse se sentir “muito à vontade” em votar no 2º turno em Bolsonaro contra Lula, “um ex-presidente que foi quatro vezes condenado criminalmente por crime contra a administração pública”.
Pesquisa online
O Flow, podcast que recebeu Bolsonaro para 5h de entrevista e quase 600 mil pessoas vendo simultaneamente, teve Simone Tebet na quinta e 24h depois, 183 mil assistiram. Lula também foi convidado, mas...
Pelegada juvenil
Quem perdeu a boquinha no serviço público agora busca holofotes contra o presidente. Estes dias, a pelegada “repudiou” sua visita a São José dos Campos, outra “repudiou” a primeira-dama, certamente em razão do crescente protagonismo de Michelle Bolsonaro.
Catarse
A pretexto de divulgar a confusão envolvendo Bolsonaro e um garotão em busca de holofotes, vários veículos perderam a linha e viveram a catarse de reproduzindo como seus os insultos contra o presidente.
Nada muda
O deputado José Medeiros (PL-MT) ironizou a polarização. Para ele, chamar o Lula de “ladrão, corrupto, mentiroso, presidiário” e Bolsonaro de “fascista, nazista, genocida” não os fazem perder um voto sequer.
Pós-eleições
Arthur Lira criticou o engessamento fiscal e prevê ajustes no teto de gastos no ano que vem. “Não tem como trabalhar com o Orçamento vinculado e indexado com 96% congelado em despesas obrigatórias”.
Mais um
Depois do piso para a enfermagem ser seguida de forma oportunista de uma proposta de piso para os veterinários, o deputado Paulo Folleto (PSB-ES) quer piso de R$7,2 mil para o profissional de contabilidade.
Sem alarde
O Senado aprovou projeto que impede repasse do custo com os “gatos elétricos”. Caso deputados também aprovem o texto, empresas terão de correr atrás do prejuízo em vez de colocar na conta do consumidor.
Pensando bem...
...para insultos mais leves a outras autoridades, a prisão é preventiva.