Cláudio Humberto
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo VilelaLula vira refém do erro de exigir ‘atas’ ao ditador da Venezuela
Lula (PT) cometeu erro primário, em política externa, ao exigir as atas eleitorais para reconhecer a “eleição” na Venezuela. Errou ao impor uma condição que não controlava, avaliam experientes diplomatas brasileiros. Agora a ditadura decidiu que não divulgará atas eleitorais e deixou Lula com cara de tacho e preso na armadilha que ele mesmo criou. Deveria honrar a palavra e denunciar a fraude, mas no Itamaraty a aposta é que ele irá roer a corda porque ama (ou inveja) ditadores de esquerda.
Lula não lidera
A fraude foi tão escrachada que o desfecho já era esperado, mas a maior sequela é a comprovação de que Lula não lidera nada no continente.
Venezuela é aqui
Maduro não deu a menor para Lula: lançou dúvidas sobre a lisura de sua eleição e colocou no mesmo patamar o TSE o órgão eleitoral da ditadura.
Liderança já era
Maduro também ridicularizou as propostas levadas pelo aspone Amorim, incluindo “a maluquice de novas eleições” na Venezuela.
Sem respeito
O desdém de Maduro por Lula chamou atenção como quando o petista se disse “assustado” e o ditador o mandou tomar “chá de camomila”.
‘Couro’ de Marçal irá esquentar, com nova pesquisa
O crescimento de Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, confirmado nesta sexta (23) pelo novo levantamento do Paraná Pesquisas, sinaliza uma campanha mais agressiva contra o candidato conservador. Como se diz no Nordeste, a pancadaria fará o “couro” Marçal esquentar. Ele tem presença forte nas redes sociais e polariza com o Guilherme Boulos (Psol), de quem tira eleitores jovens, ora “exorcizando” sua aversão ao trabalho, ora insinuando que o político de extrema-esquerda usa drogas.
Vai virar ringue
A previsão de uma campanha mais agressiva contra Marçal é do experiente presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
Estão embolados
De acordo com os números do Paraná Pesquisas, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera seguido de Boulos, em empate técnico com Marçal.
Só ele subiu
O influenciador foi o único dos candidatos a subir, e significativamente, no levantamento do Paraná Pesquisas. Nunes e Boulos caíram.
Poder sem Pudor
Brizola e o PT fashion
Na campanha presidencial de 1989, Chico Buarque abriu sua casa para candidatos “progressistas”. Era um palco armado para o PT, mas Chico convidou também o pedetista Leonel Brizola. A certa altura, diante de plateia petista, ouviu-se a voz de uma mocinha fantasiada de Lula-lá: “Nós, jovens, preferimos o PT ao PDT. Como o sr. explica isso?” Brizola coçou a cabeça e devolveu a provocação, fechando o tempo: “Pelo menos no seu caso, parece ser uma questão de estética. Para algumas pessoas, a estrela do PT fica melhor na indumentária.” Por pouco a reunião não acabou em baixaria.
Gentis munícipes
Os paulistanos são gentis com os governantes. De acordo com o Paraná Pesquisas, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) é provado por 57,5% da população, o governador Tarcísio Freitas (Rep) 55,6% e Lula (PT) 51,5%.
Clima de hipocrisia
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que vive tentando demonstrar sua preocupação com o “clima”, não abre mão da poluente mordomia das viagens em jatinho da FAB: foram 17 desde janeiro até o dia 15.
Para-choques em ação
Batizada por Pablo Marçal de “para-choques de comuna”, Tábata (PDT) segue poupando Guilherme Boulos (Psol), sua única chance de crescer, para atacar o influencer, acusando-o de supostas “ligações ao PCC”.
Risos literais
Diplomatas estrangeiros em Brasília reportaram a seus países o circo armado por sindicalistas do Itamaraty em greve. “Embaixadas rindo dos brasileiros. Motivo de chacota.”, lamentou um diplomata brasileiro.
Frase do dia
Isso não é democracia
Deputado Gilvan da Federal (PL-ES), sobre a ‘usurpação’ de funções na Praça dos Três Poderes
Entranhas do poder
Reapareceu no Senado, esta semana, Gabriel Sampaio, de uma ONG que frequenta o Congresso para falar de direitos humanos, violência e... impeachment. Ele ganhou notoriedade nacional como advogado de defesa da petista Dilma Roussef, no processo de cassação.
Resumo da ópera
Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), “existe um acordão que interessa aos poderosos de plantão, um jogo de cena, onde através das transparecias das emendas se barganha poder político”.
Resultado: zero
Completa um ano neste sábado (24) a adesão de Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã ao grupo dos países em desenvolvimento Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Menos a mais
O candidato Robert F. Kennedy Jr aparecia com 4,7% na média das pesquisas FiveThirtyEight para presidente dos EUA até sexta (23), antes de declarar apoio a Donald Trump (43,6%) contra Kamala Harris (47,2%).
Pensando bem...
...boa notícia para Lula: tiro no pé não dá cadeia.