Lula afaga militares garantindo ‘brinquedos’ que apreciam: armamentos

Político esperto e experiente, o presidente Lula (PT) sabe como ganhar corações e mentes nas Forças Armadas. Além de escolher para o cargo um ministro da Defesa leve no trato e politicamente talentoso, como José Múcio, o presidente reverterá expectativas, como já fez antes, pagando salários de que os quartéis não se queixem, não mexendo em regalias e garantindo “brinquedinhos” que militares tanto apreciam: armamentos. E o profissionalismo das Forças Armadas os manterá longe da política.

Investimentos

Lula conhece esse caminho e Múcio também, daí a reunião de sexta (20) com os comandantes militares para definir investimentos.

Virou alvo

As declarações de Múcio após a reunião enfureceram petistas raivosos, que exigem a cabeça do ministro, e repórteres que apostavam no pior.

Esporte da hora

A irritação decorre da frustração das expectativas geradas pelos adeptos do esporte favorito de Brasília nestes dias: a procura de cabelos em ovo.

Caminho das pedras

Lula deixou militares felizes em 2006 ao fechar acordo de €6,6 bilhões com o francês Nicolas Sarkozy para fazer o submarino nuclear brasileiro.

Verba de gabinete custará R$728 milhões ao ano

Com o aumento de 6% na verba de gabinete dos deputados, assinado por Arthur Lira (PP-AL) dias antes da eleição para presidente da Câmara, a verba dos parlamentares custará R$728,7 milhões ao ano ao pagador de impostos. O Ato da Mesa nº 268/23, que garantiu a grana extra, não parou por aí, instituiu mais dois aumentos: 6% em fevereiro de 2024 e mais 6,13% para 2025. O novo valor já sai no próximo holerite. Cada deputado terá R$118.376,12 mensalmente para gastar com assessores.

Exército particular

A grana é para bancar até 25 secretários parlamentares, em Brasília ou nos estados. O cargo é cobiçado, já que é livre de bater ponto.

É outra coisa

A dinheirama nada tem a ver com o salário dos nobres, de R$ 41.650,92 em abril. E vai subindo até chegar aos R$46.366,19 em 2025.

Mordomias

Outras indecorosas regalias, como carro oficial, imóvel funcional ou ajuda de custo para bancar aluguel, também continuam garantidas.

Poder sem Pudor

Pouca vergonha no campo

O ministro Antonio Andrade (Agricultura) gostava de viver perigosamente. Diante da sua chefe, Dilma Rousseff, ele se saiu com esta, durante seu discurso no lançamento do Plano Safra, em Salvador (BA): “Temos agora nas plantações uma lagarta indecente, que, depois de comer a soja e o algodão, comem umas às outras...” Madame fechou a cara e fez um bico, afagando a caneta, com toda pinta de quem ia demiti-lo. Mas não o fez. Não naquele período.

Poder eles podem

Os donos bilionários não deveriam deixar os credores das Americanas na rua da amargura. Beto Sicupira, por exemplo, que tem fortuna pessoal de R$40 bilhões, pagou dia desses R$101 milhões por um helicóptero.

Que se explodam

Espanta, na Ucrânia, o desinteresse geral pelo fim do conflito. Ao contrário, só se fala em vender mais armas para os ucranianos. Ninguém se apresenta para negociar a paz. Nem o Papa ou o chinês Xi Jinping e nem muito menos António Gutérres, medíocre secretário-geral da ONU.

Falou

Diplomata com bom trânsito entre os militares, Arthur Virgílio não perdoou comentários do presidente Lula. Virgílio classificou a desconfiança do petista como “cafona, autoritária e medrosa”.

Esquerda pode

No Peru, protestos esquerdistas que não reconhecem a nova presidente provocam destruição e 54 pessoas já foram mortas. Mas ninguém, lá ou aqui, chama isso de “atos antidemocráticos”, nem o acusa de “golpistas”.

Bem feito

Marina Silva (Meio Ambiente) posou para um factoide com Greta Thunberg, mas a intratável adolescente ativista disse depois que quem vai a Davos, e a ministra foi, “alimenta a destruição do planeta”.

Sem amizade

Por falar em chatonildos, Randolfe Rodrigues, do partido de Marina Silva, não segue a correligionária nas redes sociais, apesar de ser seguido por ela. Mas segue Lula, de quem falava mal publicamente há poucos anos.

Detalhe na mecânica

Candidato a presidente do Senado, Eduardo Girão (Pode-CE) crê que sua campanha “incomoda” o candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): “repetem-se turnos até que um [candidato] obtenha 41 votos”.

Tech derrete

O Google anunciou a demissão de 12 mil funcionários na mesma semana em que a Microsoft fez o mesmo com 10 mil empregados. Nos últimos meses, Facebook demitiu 11 mil e Twitter outros 6 mil.

Pensando bem...

...a fraude na Americanas é bem brasileira.