Cláudio Humberto
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo VilelaLambança de ministro faz Receita advertir contra farras com dinheiro público
No mesmo dia em que se tornou pública a farra de servidores da Secretaria Geral da Presidência da República, que esbanjaram com verba pública no carnaval fora de época de Aracajú, a Receita Federal colocou na intranet alerta sobre convites para participar de “festividades, camarotes e desfiles de carnaval”. Em um dos tópicos, destacou o código de conduta de agentes públicos vedando aceitação de mimos de empresas ou entidades com eventual interesse em decisão do órgão.
Nunca é demais
No “Momento da Ética”, a Receita lembra normas sobre probidade, como “distância social” de fornecedores e prestadores de serviço.
Público e particular
No texto, o primeiro informativo do ano, o órgão lembra o óbvio: “a função pública se integra na vida particular do servidor público”.
Código de conduta
O documento ainda traz o alerta, em letras garrafais: “curta o carnaval sem conflitos de interesse!”.
Sindicância
A farra da turma de Macêdo custou R$18,5 mil, mas ninguém será punido: apenas devolverão o dinheiro público desperdiçado. A conferir.
Lula já não disfarça: quer usar STF politicamente
O presidente Lula (PT) já não disfarça as suspeitas de que o papel por ele reservado ao Supremo Tribunal Federal (STF) não se limita a fazer os ministros subirem no palanque do comício sem povo do último 8 de janeiro. Esta semana, levou constrangimentos até à bancada governista no STF, incluindo o próprio Flávio Dino, ao confessar que o indicou ao cargo por sempre “haver sonhado” com um ministro de “cabeça política” como julgador da mais importante Corte de Justiça existente no País.
Dino desmentido
A incontinência verbal do presidente também desmentiu as juras de Flávio Dino de “não fazer política” ao “vestir a toga” de ministro do STF.
Blindagem garantida
Para a oposição, Lula quer se blindar e aos seus de condenações como no mensalão e petrolão ao lembrar que Dino é “comunista”, tem lado.
STF não reagiu
Para não gerar suspeitas sobre sua isenção, o STF deveria esclarecer que jamais será instrumento político de governantes, como Lula espera.
Poder sem Pudor
Momento piada
Durante sabatina no Senado de Cesar Asfor Rocha, então indicado para ministro do Superior Tribunal de Justiça, que seria um sucesso, o líder tucano Arthur presidente da sessão para contar uma piada. Contou que a professora passou uma tarefa ao inteligente Joãozinho: construir uma frase com os elementos Religião, Sexo e Realeza. A frase de Joãozinho não poderia ter sido mais concisa e lapidar: "Ai, meu Deus, que delícia! - disse a princesa ainda ofegante!"...
Sucesso de público
Versão da oposição sobre os atos de 8 de janeiro é sucesso na internet. Disponível no canal do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o vídeo alcançou 1 milhão de visualizações em 40 minutos, enquanto o governo e suas linhas auxiliares faziam comício sem povo sobre o vandalismo.
Repúdio a Lula
Deputados articulam para que, tão logo se encerre o recesso legislativo, a Câmara vote e aprove moção de repúdio ao apoio do presidente Lula contra Israel na Corte Internacional de Haia.
O impostor
Após a notícia de que os petistas querem taxar faculdades privadas para custear novo órgão público, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) avalia que “o governo do impostor Lula só pensa naquilo: impostos”.
Rachadones
André Janones (Avante-MG) ganhou outra dor de cabeça. Além do STF. O Ministério Público Federal também abriu inquérito para investigar o suposto esquema de rachadinha no gabinete do deputado.
Costas quentes
O ex-ministro e deputado Mario Frias (PL-SP) ironiza boquinha da ex-cabeleireira de Dilma Rousseff na EBC, com salário mensal de R$11,2 mil. “Cabeleireira de milhões”, provoca.
Questão de datas
O ex-deputado Deltan Dallagnol lembrou no ‘X’ que o ex-ministro Sergio Moro “deu a primeira sentença que condenou Lula em março de 2017, 15 meses antes do início do processo eleitoral presidencial de 2018”.
Dá nada
Lula vai cozinhar o escândalo de Márcio Macedo (Secretaria Geral), farreando em carnaval fora de época, até conclusão da sindicância da pasta. Mas não tem quem aposte que isso vá dar em alguma coisa.
Ioiô
A exoneração de Diego Galdino, braço direto de Ricardo Cappelli no Ministério da Justiça, não durou nem 24h. Mas a volta ao posto não deve se alongar para muito além da transição da pasta para o novo ministro.
Pensando bem...
...recorde de mortes por doença sem atuação dos governantes já chamou mais atenção.