Grife com nome de padre ativista movimenta R$258,5 mil

O nome do padre Júlio Lancellotti, cuja atuação política depende da existência de pessoas em situação de extrema pobreza, virou uma poderosa grife para oportunistas explorarem a caridade alheia. Vaquinhas online relacionadas ao padre movimentaram ao menos R$258.503,15. Tudo supostamente para ajudar moradores de rua de São Paulo. Tem de tudo nos pedidos: café da manhã, cobertores, carro, absorvente e temas genéricos, como “ajuda” e “arrecadação”.

Um bom negócio

A vaquinha de maior sucesso, que diz ser para compra de cobertores, pretendia arrecadar R$100 mil. Conseguiu quase o dobro: R$197,5 mil.

Faz o pix

As genéricas “ajuda” e “arrecadação”, sem maiores detalhes e muito menos transparência, somaram R$22,7 mil.

Artistas apoiam

A grife Júlio Lancellotti juntou R$30 mil para comprar um carro. Também teve R$4,8 mil para absorventes e R$2,7 mil para bancar café da manhã.

A ver navios

O padre ainda processa o Estado por um detido com pés e mãos amarrados. Pediu R$500 milhões de indenização. Para a vítima, nada.

Câmara de SP gasta sem piedade: R$5,6 milhões

O pagador de impostos já desembolsou R$5.638.687,73 para custear os gabinetes dos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo apenas este ano. O levantamento, feito pela coluna, considerou dados da transparência, disponíveis até maio deste ano, e considera contas de telefone/celular, aluguel de carro e gasolina. Os valores em 2023 começam com os R$10,6 mil de Ricardo Teixeira (União), que reassumiu o cargo em maio após deixar a Secretária de Mobilidade e Trânsito.

Adora gastar

O vereador Alessandro Guedes, do PT, lidera a gastança entre os colegas. Tem o gabinete mais caro da Câmara, torrou: R$166,6 mil.

Gastadores

Seguindo o top 3 dos gastadores, além de Guedes, tem Rodolfo Despachante (PSC), com R$160,5 mil; e Luana Alves (Psol): R$160 mil.

A ordem é economizar

Dos vereadores com gastos lançados desde janeiro, os mais econômicos são Fábio Riva (PSDB), R$15,4 mil e Paulo Frange (PTB), com R$27 mil.

Poder sem Pudor

Pateta ocupado

Sobrinho do polêmico ex-senador Carlos Alberto De Carli, o vereador Paulo De Carli (PDT) chamou de “os três patetas” o governador Eduardo Braga, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa. Mas, dias depois, pediu audiência a Serafim. Ouviu a resposta: “O pateta está ocupado, não pode receber o senhor”.

Convocação à vista

Com linguagem simples, mas contundente, o senador Cleitinho (PSC-MG) propôs a convocação ao Senado de Luís Roberto Barroso “para que ele explique se é torcedor, jogador ou um ministro do Supremo”.

Ficou ainda pior

A tentativa de desdizer o que disse foi tão ruim quanto as palavras que para muitos revelam a perda de imparcialidade do ministro Barroso, que em 2 de outubro assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal.

Niponofobia

Interrompido pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP), durante a CPI do MST, Kim Kataguiri (União-SP) afirmou, em tom bem humorado, que o colega poderia ser alvo do Ministério Público por niponofobia.

Fim das cotas eleitorais

No bolo das 353 proposições aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, uma chama atenção: a PEC 9/23 proíbe sanções a partidos que não cumpriram cotas de sexo ou raça nas últimas eleições.

No rastro do crime

Na véspera do recesso de julho, a CPI do MST votou e aprovou 11 requerimentos entre convites e convocações. As audiências com os depoentes serão em agosto, com a retomada das atividades da CPI.

Starlink se espalha

Houve grande explosão na compra no Brasil do kit de internet via satélite da Starlink, de Elon Musk. Mais de 60 mil unidades vendidas em poucos dias, a maioria na Amazônia. Alta velocidade a baixo custo e com o sabor adicional de mandar às favas as operadoras que atuam no País.

Boquinha garantida

O ex-deputado Jean Wyllys, que abandonou o mandato e saiu do País alegando “medo” de Bolsonaro, arrumou o que queria: uma boquinha no governo Lula. Vai ocupar um carguinho na Secretaria de Comunicação.

Faraó na mira

Retomado o trabalho da CPI das Pirâmides Financeiras, o presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), vai pedir a quebra dos sigilos de Glaidson Acácio, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”.

Pensando bem...

...se silêncio virar crime, vai faltar cadeia para os que se omitem diante da censura e da perseguição aos contrários.