Cláudio Humberto
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo VilelaGoverno Lula já torrou R$775 milhões em viagens
Até agosto, o governo Lula (PT) torrou cerca de R$775 milhões em despesas em viagens, considerando os gastos com diárias e passagens aéreas. Tudo isso durante os oito primeiros meses de governo, em 2023. Foram mais de 329 mil viagens até o momento, segundo o Portal da Transparência, mas a maior parte dos gastos não é com passagens e sim com diárias usadas para complementar salários: até agora, R$411,3 milhões (64%) serviu para bancar os agentes públicos batendo asas.
Sob Bolsonaro
Em 2022, o governo gastou mais de R$1,52 bilhão com viagens, dos quais 67% serviram para pagar diárias. É o recorde dos últimos 5 anos.
Falta muito
Os valores não levam em conta os gastos de ministros de Estado ou do presidente Lula com os jatinhos da Força Aérea Brasileira.
Recordista
O Ministério da Justiça apresentou a maior conta de passagens e diárias no governo federal: R$363,1 milhões, quase 29% do total.
Na nossa conta
Este ano, 17% (R$135 milhões) dos gastos do governo pagaram viagens internacionais. Outros R$5,2 milhões pagaram “restituições”.
Planalto quer ‘proibir’ a expressão ‘live de Lula’
Muito à vontade na rotina de dar o tom e os temas do noticiário, o Palácio do Planalto agora tenta fazer os jornalistas abandonarem a expressão “live semanal”, referindo-se ao canal de Youtube no qual o presidente conversa com seu entrevistador particular Marcos Uchoa, ex-TV Globo. A alegação dos petistas chega a ser curiosa para um governo que não para de falar no antecessor de Lula: a expressão live semanal “faz lembrar” o ex-presidente Jair Bolsonaro, que consagrou o gênero em seu governo.
Comparar, não
O maior incômodo são as comparações da modesta audiência de Lula com o número impressionante de visualizações das lives de Bolsonaro.
Jogo do milhão
A média de 3 mil visualizações na live semanal de Lula está bem distante da média de espectadores da live de Bolsonaro, que passava do milhão.
Companheirada
Apesar da repercussão que sempre garantem, incomodou o Planalto o fato de jornalistas serem a maioria da audiência da live do Lula.
Poder sem Pudor
Vaia silenciosa
Tancredo Neves queria popularizar sua candidatura a presidente no Colégio Eleitoral e foi a um comício em Goiânia (GO). Diante da rejeição ao vice, por suas ligações à ditadura, Tancredo pediu ao governador Íris Rezende para evitar vaias a José Sarney. Íris negociou e conseguiu que a esquerda não o vaiasse, mas no dia do comício, praça lotada, apareceram faixas tipo “Fora, Sarney!”. Ante o olhar de reprovação de Tancredo, Íris deu de ombros: “Vaiar, ninguém vaiou...”
Governo que apaga
Pegou tão mal o vídeo de Janja, que adora holofote, dizendo “me segura, que eu já vou sair dançando” enquanto o Brasil chora os mortos no Sul, que a primeira-dama ficou sem escolha: teve que apagar.
Estratégia ultrapassada
A tática usada por Lula de cooptar aliados dando cargos é criticada pelo deputado federal Mendonça Filho (União-PE), que diz que Lula opera com o chip do passado, “o Congresso agora tem muito mais poder”.
Educação em alta
O Distrito Federal é a unidade da federação com a menor taxa de analfabetismo do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice no DF é só 1,9% da população.
Ainda a facada
O ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser internado nesta segunda-feira (11) para se submeter a mais uma cirurgia. O procedimento ainda é reflexo do atentado que Bolsonaro foi vítima, o esfaqueamento de 2018.
Pouco muda
Relatório da Warren Investimentos distribuído para clientes não prevê mudança significativa na base do governo após trocas na Esplanada. Avalia que a base de apoio no Congresso deve se manter flutuante.
Admissão
Voltou a circular o comunicado da empreiteira Odebrecht, atual Novonor, à época que fechou o acordo de leniência pelos crimes identificados pela operação Lava Jato. Começa com “Desculpe, a Odebrecht errou”...
Conivência
“O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas [impróprias] e não as combatemos como deveríamos”, dizia a nota oficial da Odebrecht de dezembro de 2016.
Quem paga?
O Senado deve analisar esta semana o projeto de lei, já aprovado na Câmara, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos (em vigor há 10 anos) para 17 setores da economia até o fim de 2027.
Pensando bem...
...passar pano não enxuga enchente.