Geap aumenta 2,26%, mas ‘reguladora’ ANS exagera com 15,5%
O aumento de 15,5% autorizado pela “agência reguladora” ANS nos planos de saúde individuais é o maior da História, bem acima da inflação e das necessidades das operadoras, como prova o reajuste de 2,26% do Geap, o plano de saúde do servidor público. A ANP persegue o objetivo de melhorar a receita das gigantes, nos planos individuais, e de forçar a desistência ou migração de clientes de planos individuais, cada vez mais inacessíveis, para os coletivos, cujos aumentos as operadoras definem.
Não precisa explorar
A ANS presta vassalagem às grandes operadoras, e não explica por que planos de saúde como o Geap sobrevivem sem explorar a clientela
Preço honesto
Fixando reajuste tão baixo para seus mais de 280 mil beneficiários, o Geap prova ser possível prestar serviços de qualidade a preço honesto.
Criando arapuca
O conluio contra o plano de saúde individual começou com a resolução da ANS, como queriam as gigantes, criando planos coletivos.
Negociação desigual
A ANS decidiu que valores dos planos coletivos serão negociados entre as partes. A “negociação” entre o pescoço e a navalha, faltou dizer.
No MS, marido de Tebet auxilia PSDB bolsonarista
A senadora Simone Tebet, pré-candidata a presidente pelo MDB, não está tendo vida fácil. Enfrenta a desconfiança de parcela importante do PSDB e até do MDB do Mato Grosso do Sul, seu Estado. Todos estão com pé atrás, muito desconfiados. É que o marido da senadora, deputado estadual licenciado Eduardo Rocha, também filiado ao MDB, é chefe da Casa Civil do governo de... Reinaldo Azambuja, do PSDB.
#TamoJunto
O problema é que o maridão Eduardo Rocha tem ido a reuniões de pré-campanha do candidato tucano a governador do MS, Eduardo Riedel.
Tucano bolsonarista
O detalhe é que Eduardo Riedel apoia a reeleição de Jair Bolsonaro, adversário da mulher de Rocha, e tem pedido apoio para o presidente.
Incoerências
A turma do MDB-MS está de orelha em pé, à espera de que a senadora resolva suas incoerências para então deflagrar a campanha.
Poder sem Pudor
Confuso horário
Copa do Mundo de 2002, no Japão. Reza a lenda capixaba conta que o vereador Pelaes chegou no bar Triângulo das Bermudas, em Vitória, lotado de torcedores. Sentou-se, pediu um chope, e diante das imagens da multidão assistindo a Itália x Camarões, sentencia: “Dizem que brasileiro é que gosta de futebol. Quem gosta de futebol é japonês. São duas da manhã e olha como eles torcem!”
Voo difícil
Após todo o barulho no lançamento da pré-candidatura de Simone Tebet a presidente, além de toda a pressão pela desistência do tucano João Doria, a senadora apareceu com apenas 2% no Datafolha de ontem.
Política dá voltas
Lula criticava, em 2016, a eleição de “não-políticos”, como o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que ontem posou para foto com o ex-presidiário para fechar a união PSD-PT, em Minas Gerais.
Quase um Canadá
Segundo o Our World in Data, o Brasil se aproxima do elogiado Canadá no esforço de vacinação contra a covid. País de primeiro mundo, com saúde gratuita, o Canadá vacinou 86,5% da população. O Brasil, 85,7%.
Janus, 6 anos
Completou seis anos esta semana o lançamento da Operação Janus, um desdobramento da Lava Jato, na qual a Polícia Federal investigava o petista Lula por tráfico de influência internacional em favor da Odebrecht.
Frase do dia
Escandaloso
Senador Eduardo Girão (Pode-CE), sobre TCU mandar Dallagnol “devolver” R$3 milhões
Resumo
Para o presidente Jair Bolsonaro, “os maiores responsáveis pelas duras consequências às comunidades em operações são os próprios bandidos” ao enfrentar a lei e colocar a vida deles – e de inocentes – em risco.
Anote aí
O Datafolha prevê que o petista Lula vai vencer a eleição para presidente no 2º turno com mais de 25 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro. Precisa nem ter, como diria o comentarista Milton Neves.
Lanterna
Ao defender a operação, o senador Eduardo Girão (Pode-CE) disse que a Lava Jato foi “uma luz estava finalmente começando a clarear séculos de trevas, com predomínio da corrupção e da impunidade”.
Ativismo doentio
Ativistas no Brasil repetem o comportamento curioso da imprensa norte-americana: em vez de cobrar atitude contra armas do atual Joe Biden, tentam culpar o ex-presidente Donald Trump pelo massacre no Texas.
Pensando bem...
...a essa altura do campeonato, é sempre bom separar pesquisa de chute.