Força do Nordeste pode até favorecer Bolsonaro

O Nordeste, que historicamente ajudou o PT a vencer eleições para a Presidência da República, pode definir a disputa deste ano a favor do presidente Jair Bolsonaro. Em 2006, na esteira do sucesso do Bolsa Família, Lula teve 77% dos votos válidos na região, mas a média das pesquisas semanais da Potencial Inteligência revela que o petista teria hoje, no primeiro turno, 60% contra 29% do presidente Jair Bolsonaro.

Foi por pouco

A ex-presidente Dilma venceu suas duas eleições com 72% dos votos válidos no Nordeste. Em 2014, esse percentual quase não foi suficiente

Quase igual

Com 29%, Bolsonaro já está bem próximos dos 30% obtidos no segundo turno contra Haddad, que resultaram na sua eleição em 2018.

Empate

Pesquisa Gerp, do pai do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, já aponta empate de Lula e Bolsonaro em 38%. Registro nº BR-09327/22.

Acirramento

No geral, a diferença entre os principais candidatos chegou a 11,1%, encerrou a última semana em 6,9 pontos, segundo a média semanal.

Lula instituiu reuniões com diretoria da Petrobras

“Ameaça de interferência” de Jair Bolsonaro na Petrobras tem inspirado manchetes indignadas jamais vistas nos anos de Lula na chefia do governo. O ex-senador petista Delcídio Amaral revelou esta semana que Lula inaugurou reuniões periódicas com a diretoria da Petrobras, no período em que a estatal era vitima do assalto descoberto depois pela Operação Lava Jato. Ex-diretor da estatal no governo FHC, Delcídio disse nunca ter participado de reunião com o então presidente.

Alô, Lava Jato

“Com o PT, o presidente se reunia com a diretoria inteira” revelou Delcídio ao programa Pânico, sem chamar atenção das autoridades.

Roubo devolvido

O TCU cobrou de Renato Duque, diretor nomeado por Lula, devolução de R$975 milhões. O gerente Pedro Barusco devolveu R$180 milhões.

Faltou acabar

Ex-senador e ex-ministro, Delcídio disse acreditar que o maior erro da Lava Jato, que destruiu a roubalheira, foi se ter alongado demais.

Poder sem Pudor

Bajulação, não

Ademar de Barros estava em plena campanha para presidente, em 1955, quando foi homenageado com uma festa-surpresa por assessores, no dia do seu aniversário. Iniciados os discursos, travou-se uma curiosa disputa para ver quem adulava mais o chefe. Cansado e impaciente, Ademar acabou com a festa com o seu jeitão, mas expondo a timidez pouco conhecida: “Agradeço, mas não suporto tanta bajulação. Peço que dêem o fora.”

Pouco é muitão

A candidata do MDB a presidente, Simone Tebet, com a terceira maior verba de campanha do ano, perdeu mais de um quinto dos votos entre julho e agosto, aponta o Paraná Pesquisas: queda de 2,2% para 1,8%.

Pizza a caminho

O PL apresentou sete denúncias com provas de que Lula (PT) cometeu o crime eleitoral no Nordeste, pedindo votos foram de época. Mas o partido não aposta um tostão furado em punição da Justiça Eleitoral.

Data sagrada

Para a deputada Carla Zambelli, Luís Barroso (STF) agiu como ativista ao associar “fascismo” ao Sete de Setembro. “Consegue imaginar um ministro da Suprema Corte americana falar mal do 4 de Julho?”

Via acostamento

Segundo o Paraná Pesquisas (BR-05251/22), além de Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes, todos os outros nove candidatos somados têm só 5,1% da preferência dos eleitores. Menos que brancos e nulos (6,2%).

Um ‘pragmático’

Era previsível apoio a Lula do ex-candidato do Avante André Janones. Ele ficou dez anos no PT. Entrou em 2003, primeiro ano de governo e saiu em 2012, um ano e meio após o fim do mandato de Lula.

Ajuste (bem) rápido

A média das pesquisas de 2018 apontavam crescimento médio de 7 pontos do candidato Bolsonaro nos últimos dez dias de campanha. Mas nenhum deles previu os 46% obtidos pelo presidente no 1º turno.

Tema quente

Entre as dez maiores preocupações dos eleitores americanos, duas têm a ver com a lisura das eleições: integridade (6ª maior) ou trapaça (9ª), diz o Instituto Rassmussen. A nº 1 é o preço dos combustíveis.

Tensão

Após a China disparar mísseis de longo alcance no mar próximo a Taiwan, o Japão confirmou planos de dobrar o total da verba pública dedicada à defesa militar, que vai passar a ser de 2% do PIB do país.

Pensando bem...

...tudo até agora foi de mentirinha: a campanha eleitoral começa para valer no dia 15.