Em Brasília, Lula opta de novo por hotel de luxo
O presidente eleito Lula (PT) não se fez de rogado e, mais uma vez, optou por se hospedar na capital no Meliá Brasília, um hotel cinco estrelas cuja diária da suíte presidencial custa R$6.550,95. Há quatro meses, quando esteve na capital, ele ocupou essa suíte e o PT nem se preocupou em esconder, como agia no passado. O partido, na ocasião, confirmou inclusive que a permanência de sua principal estrela no hotel de luxo seria custeada com recursos públicos do Fundo Partidário.
Suprapartidário
O Meliá integra o Brasil 21, centro empresarial onde também estão as sedes do PL e do União Brasil, partidos de oposição.
Serviço de primeira
Para se hospedar no Meliá Brasília, ninguém paga menos do que uma diária de R$649, que inclui pernoite e café da manhã.
Bebendo casas
Lula aprecia delícias do poder. Celebrou a vitória de 2002 com vinho Romanée Conti, cujo preço da garrafa equivale a uma casa popular.
Adega preciosa
Apreciador de vinhos caros, o presidente eleito mantinha alentada adega em sua casa de Atibaia, aquela.
Kassab tenta emplacar a reeleição de Pacheco
“Em nome da governabilidade”, o presidente do PSD, Gilberto Kassab defende que o presidente eleito Lula deveria estimular a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Não é o que parece. Kassab sabe que a reeleição de Lira é dada como certa, e tenta salvar o pescoço de Rodrigo Pacheco, que o deixou na mão, após ser lançado candidato ao Planalto, assim como deixou na mão Michel Temer, que o fez presidente da CCJ da Câmara, e Jair Bolsonaro, que o fez presidente do Senado.
Temer conhece bem
Lula conhece Pacheco, que, na CCJ, escolheu um inimigo de Temer para relatar a denúncia contra o presidente inventada por Rodrigo Janot.
Bolsonaro também?
Senador principiante, Pacheco pediu e obteve apoio de Bolsonaro para ser eleito presidente, onde se comportou como opositor radical.
Lula vai arriscar?
Lula desconfia das “juras eternas” de Pacheco, e não deve se esforçar por sua reeleição, a não ser em caso de disputa contra bolsonarista.
Poder sem Pudor
Cultura musical
Certa vez, ao ler um discurso escrito pelo seu “ghost-writer”, o governador Benedito Valadares foi surpreendido pela palavra “quiçá”. E não se perturbou: pronunciou-a “cuíca”. Tempos depois, numa visita ao Grande Hotel Brasil, de Araxá, deparou-se com um conjunto musical e quis saber o nome dos instrumentos. Quando foi apresentado a uma “cuíca”, ele reagiu: “Como? ‘Cuíca’? Não, nessa não me pegam mais...”
Petista não entra
A Frente Parlamentar da Agropecuária faz no dia 22, na casa de eventos Unique Palace, em Brasília, um grande encontro com autoridades dos Três Poderes, incluindo a presidente do STF, Rosa Weber, e o futuro vice Geraldo Alckmin. Nenhum petista foi convidado como expositor.
Voto do contra
A Câmara aprovou quase por unanimidade um projeto que torna pedofilia crime hediondo. A aprovação não foi unânime porque um deputado do PT, o capixaba Helder Salomão, sabe-se lá por que, votou contra.
Pazuello na área
Ainda saboreando seus 205 mil votos de 2º deputado federal mais votado no Rio de Janeiro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL) esteve ontem na Câmara cercado de um cordão de bajuladores.
Seguro morreu de velho
O ex-ministro da Justiça e senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR) também fez uma visita de “reconhecimento” ao Congresso, nesta quarta-feira (9). Não estava cercado de bajuladores, mas de seguranças.
Frase do dia
A população não está mais acreditando no Judiciário
Ex-ministra do STJ Eliana Calmon afirma que decisões judiciais não devem ser impostas
Salve, Raquel
Figura muito festejada, em visita ao Congresso, foi a governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), muito cumprimentada pela vitória arrebatadora contra os oligarcas do PSB e a turba do PT.
Nem as moscas
Outro que reapareceu na Câmara, esta semana, foi Danilo Cabral, candidato do PSB/PT derrotado para o governo de Pernambuco. Ficou em 4º lugar. No caso de Cabral, nem as moscas o seguiam.
O pai identificado
Incomodado por não ter sido reconhecido por jornalistas na Câmara, um deputado se impacientou: “Sou pai do Gabriel Monteiro, pô!” Era Roberto Monteiro (PL), cujo filho vereador foi preso por estupro de vulnerável.
Ops, deu errado
Há cinco anos, o Jornal da USP cravava: “Brasil vai estar entre mais afetados por mortes em ondas de calor [a partir de 2031]”. A Europa, dizia o alarde, corria “menos risco”. Chute fora.
Pensando bem...
...relatórios estão dando trabalho apenas para quem recolhe o lixo em certos gabinetes.