Deputados torraram R$250 milhões na campanha municipal

Dos 73 deputados federais que resolveram testar as urnas e disputar uma prefeitura nas eleições municipais deste ano, apenas sete conseguiram se eleger como prefeito já no primeiro turno das eleições. Por trás do pífio desempenho de suas excelências há uma amarga fatura de R$256 milhões torrados no pleito, e usando dinheiro público do indecoroso Fundo Eleitotal, este ano fixado em R$5 bilhões. Isso até agora, já que a conta deve subir com o avançar do segundo turno. Os deputados que vão trocar a Câmara por uma prefeitura gastaram R$6,3 milhões.

Mão no nosso bolso

Parte da turma ainda pode virar prefeito. São 15 os deputados no 2º turno. Essas campanhas têm custo milionário, claro: R$110,6 milhões.

Tanta grana por nada

As campanhas dos 49 que foram logo rejeitados pelo eleitor, sem direito a segundo turno, deixaram para trás a gastança de R$138,4 milhões.

Boulos gastador

O deputado que mais gastou foi Guilherme Boulos (Psol), que pelejou para avançar na disputa pela Prefeitura de São Paulo: R$46,1 milhões.

Nada a declarar

Por ora, a campanha mais “em conta” é de Gerlen Diniz (PP), sem gasto registrado no TSE. Foi eleito prefeito de Sena Madureira (AC).

Vitória da direita teve recorde de militares eleitos

Exatos 152 candidatos com patentes militares foram eleitos no primeiro turno de domingo (6), quando a direita brasileira aplicou uma “sova” de votos na esquerda, de acordo com levantamento da Nexus, empresa de pesquisas do grupo de comunicação FSB. É o recorde nos últimos 24 anos, com aumento de 13% em relação a 2020. Pelo PL foram eleitos 52 militares, 18 pelo Republicanos e 16 pelo MDB. O recorde anterior, nas eleições de 2020, registrou vitória de 134 militares, segundo o TSE.

Crescimento de 36%

Dados do Tribunal Superior Eleitoral citados pela Nexus mostram que 112 militares foram eleitos entre 2000 e 2024, crescimento de 36%.

Participação crescente

Em 2000, disputaram 707 militares e em 2024 foram 1.204, aumento de 70%. No mesmo período, candidaturas em geral cresceram 14%.

Humilhação nas urnas

O PT de Lula liderou o vexame, apesar da estrutura do governo a seu serviço, elegendo apenas 248 (ou 4,5%) dos 5.471 prefeitos.

Poder sem Pudor

Ministro só com telex

Eduardo Portela era ministro da Educação, no governo João Figueiredo. Foi obrigado a pernoitar em São Paulo porque o mau tempo fechara o aeroporto. Foi direto para o hotel Maksoud Plaza e, na recepção, o empregado português exigiu pagamento antecipado da diária. Mas não aceitou seu cheque, de Brasília. Um primo de Portela, Valdir Luciano, cochichou: “⁠Esse é o ministro da Educação, Eduardo Portela.” O empregado do hotel não acreditou, explicando cartesianamente: “⁠Não é, não. Se fosse, teria vindo um telex de Brasília fazendo reserva. Toda vez que vem ministro pra cá, vem telex. Não tem telex, então ele não é ministro.”

Edinho pagou mico

Uma das maiores humilhações do PT foi a derrota do ex-ministro Edinho Silva, prefeito de Araraquara e tido como futuro presidente do partido. O “garoto do presidente” não conseguiu eleger Eliana Honain sucessora. Pior: a petelhada perdeu para Dr. Lapena, do PL de Jair Bolsonaro.

Ditador go home

Avança na CCJ da Câmara, com voto favorável da relatora Julia Zanatta (PL-SC), projeto que criminaliza a entrada de ditadores da laia de Nicolás Maduro em território nacional. O projeto é de Carlos Jordy (PL-RJ).

Atlas em papelão

O instituto de pesquisas Atlas Intel, que ganhou moral na vitória do argentino Javier Milei, pagou mico na eleição em São Paulo: viu Boulos e Marçal com 32% e Ricardo Nunes com 20% e fora do 2º turno.

Caloteiro woke

O banqueiro socialista francês Mathiew Pigasse, expoente da esquerda woke, debilóide e lacradora, comprador do jornal Le Monde, foi expulso de restaurante de altíssimo luxo em Paris após acumular um “pendura” de 100 mil euros (R$607 mil). O gerente tocou o falastrão para fora.

Apague a luz

A sangria do PSDB paulistano, que não elegeu prefeito ou vereador, se alastra pelo Estado. Nas eleições de 2020, o partido ainda conseguiu eleger 176 prefeitos em São Paulo. Este ano, derreteu: 21.

Ferrou e vazou

Na lógica de Marconi Perillo, presidente do PSDB, Geraldo Alckmin e João Dória, hoje fora do partido, deram início ao processo de derrocada tucana. Faltou explicar a catatonia dos dirigentes que ficaram no partido.

Migração

O deputado David Soares (União-SP) quer que o Congresso facilite regularização de estrangeiros ilegais. Criou até projeto de lei. Quer prioridade para venezuelanos, sírios, libaneses palestinos e afegãos.

PL em alta

O senador Marcos Rogério celebrou o desempenho do PL em Rondônia, o partido levou 12 prefeituras no Estado e sete vice-prefeitos. Para vereança também registrou bom resultado, 91 vereadores.

Pensando bem...

…tucano, aquele animal político, voltou à lista de espécies em extinção.