Centrão já articula ampliação do poder na Câmara dos Deputados
Pode tirar o cavalinho da chuva quem aposta em mudança no comando do Congresso, sobretudo na Câmara, após as eleições deste domingo (2). Além da expectativa de eleger grande número de parlamentares, os partidos de centro, aglutinados no Centrão, negociam aliança ao União Brasil, como revelou o encontro da noite de sexta (30), na Barra de São Miguel (AL), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), com Antônio Rueda, do União Brasil. A tendência é o centrão seguir dando as cartas.
Hegemonia política
Desse modo, seja quem for o presidente a assumir em janeiro, o centrão continuará sendo a maior força política do Congresso.
Beira-mar
O encontro entre Lira e Rueda se deu no restaurante do Hotel Kenoa, da Barra de São Miguel, praia paradisíaca onde Arthur Lira reside.
Visitação
Antonio Rueda realizou visitas a vários Estados onde o seu partido tem chances de eleger governador e senador.
Político promissor
Em Alagoas, um político ficha limpa, senador Rodrigo Cunha, é o candidato do União Brasil a governador, que poderá ir ao 2º turno.
Histórico favorece Bolsonaro; pesquisas, Lula
Neste domingo de eleição, cada um dos principais candidatos à presidência tem suas vantagens. O candidato do PT Lula é o líder em boa parte das pesquisas, com vantagem suficiente até para vencer no primeiro turno, segundo o ex-Ibope e Datafolha. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) é apontado como o predileto em outras pesquisas, mas conta também com resultados históricos: nunca um presidente brasileiro candidato à reeleição perdeu a disputa e só um venceu no 1º turno.
Histórico
O tucano Fernando Henrique Cardoso, que inventou a reeleição, Lula e Dilma disputaram e venceram um segundo mandato.
1º turno inédito
Alguns institutos insistem que Lula vai vencer no primeiro turno, mas o petista nunca venceu desta forma, nem no auge da popularidade.
Sem folga
Estudo Potencial/Diário do Poder com a média das pesquisas estaduais para presidente até o sábado (1º) aponta 4,1 pontos entre os dois.
Poder sem Pudor
Bornal, eleitor decisivo
Eleito para o governo de Minas, em 1946, Milton Campos enfrentou um quadro muito comum a governadores recém-eleitos: sua maioria na Assembleia Legislativa era precária: um voto. Repórter iniciante, José Aparecido de Oliveira perguntou ao governista Virgílio de Melo Franco: “Como vai ser a eleição para presidente da Assembleia?” Melo Franco respirou fundo e ensinou: “Meu filho, essa gente não resiste ao cheiro do bornal...” Abrindo ou não o bornal, o governo ganhou a disputa. Por um voto.
De última hora
O interesse do brasileiro por eleições ficou para os últimos dias. Apenas na sexta (30) o termo “Etitulo” pulou para as primeiras colocações entre os assuntos mais buscados da internet no Brasil, segundo o Google Trends.
Estado importante
Lula (PT) domina a disputa presidencial na Bahia, que tem 11,9 milhões de eleitores (4º maior), com 53,6% contra 21,1% do presidente Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Potencial/Diário do Poder (BA-09587/22)
Apoio na reta
A onda de apoio de atletas e artistas a Bolsonaro ganhou adesão do ex-NBA Nenê, que falou da oportunidade de “dar continuidade ao crescimento de um Brasil melhor” e do cantor sertanejo Sorocaba, que, como Neymar, dançou ao som do jingle de campanha do presidente.
Senado na Bahia
Pesquisa Potencial/Diário do Poder (BA-09587/22) aponta Otto Alencar (PSD) o preferido para retornar ao Senado, na Bahia, com 33,7% das intenções de votos. Cacá Leão (PP) tem 19,9%; 16% estão indecisos.
Frase do dia
O povo pode ir às urnas para votar com tranquilidade
Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, sobre este domingo (2)
Ipec amarelou
O Ipec amarelou e decidiu não fazer pesquisa de boca de urna desta vez. Nas outras eleições, quando ainda se chamava Ibope, errou tanto que passou vergonha e mudou de nome. Não quer fazer isso outra vez.
Um novo Suplicy
Em São Paulo, impressionados com o salto das intenções de voto no Astronauta Marcos Pontes (PL), analistas afirmam que ele assume o papel de “queridinho” do eleitor antes a cargo de Eduardo Suplicy.
Melhora ajustada
A redução do desemprego para 8,9%, divulgada pelo IBGE, com alta da renda média para mais de R$2,7 mil foi a grande notícia da semana, mas economistas Marcos Caruso e Eduardo Vilarim, do banco Original, afirmam que o resultado após o ajuste sazonal é ainda melhor: 8,6%.
Ainda é tempo
Partidos políticos ainda podem requerer hoje (2) o cancelamento do registro de candidatos expulsos das agremiações, “em processo no qual seja assegurada a ampla defesa”, diz a legislação eleitoral.
Pensando bem...
...pelo menos a quadrilha do padre era de festa junina.