‘Bombeiros’ atuam serenando ânimos em Brasília

Gente graúda do PIB nacional, além do presidente da Câmara, Arthur Lira, do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) e de ao menos três ministros do Supremo Tribunal Federal têm conversado sobre a retomada de relações positivas entre o Poder Executivo e ministros do STF. Os apelos à serenidade começam a dar resultado, como a desistência de Bolsonaro de pedir o impeachment do ministro Luís Roberto Barroso. O êxito da tratativa depende de discrição, por isso conversas são feitas sem alarde.

Segurando a língua

Ao cancelar o discurso no Dia do Soldado, ontem, Bolsonaro também eliminou a tensão em torno de eventuais declarações agravando a crise.

Ponderação ouvida

Ciro Nogueira é figura central na “mesa” de negociação. Há pouco tempo no cargo, conquistou a confiança de Bolsonaro e tem sido ouvido por ele.

Bom senso à mesa

Os ministros do STF que participam dos entendimentos têm interlocução fácil com o Planalto e não foram alvo de declarações do presidente.

Desconfiança

No STF, a dificuldade é acreditar que Bolsonaro respeitaria um “cessar-fogo” pelo tempo suficiente para readquirir a confiança dos ministros.

Brasil tem menor nº de casos ativos em 9 meses

O Brasil superou mais uma marca psicológica no enfrentamento da covid e reduziu o número de casos ativos abaixo de 500 mil pela primeira vez em 9 meses, segundo o Worldometer, são 491,7 mil pessoas infectadas. O mesmo ocorre com relação à média de casos, que despenca há dois meses seguidos como consequência direta da vacinação acelerada que beira dois milhões de doses por dia e já chegou a 62,4% da população.

Causa e efeito

A vacinação com média de quase dois milhões de doses diárias levou as médias de casos e mortes desabarem, apesar do temor da variante delta.

Superando a covid

Segundo painel do Conselho de Secretários de Saúde, a média de casos e mortes são as menores desde novembro e janeiro, respectivamente.

Números superlativos

O portal vacinabrasil.org contabiliza um total de 184 milhões de doses já aplicadas no Plano Nacional de Imunização em 131 milhões de pessoas.

Poder sem Pudor

Calúnias verdadeiras

Nos anos 1950, governador gaúcho Ildo Meneghetti demitiu o representante do Partido Libertador em seu governo. O presidente do PL, Décio Martins da Costa, pediu uma audiência a Meneghetti para saber os motivos e depois convocou uma reunião de emergência da executiva. Explicou: “O governador me mostrou um dossiê com denúncias e calúnias...” Fez uma pausa e concluiu: “...e o pior é que todas as calúnias são verdadeiras.”

A volta de Temer

O ex-presidente Michel Temer voltou ontem a Brasília para participar de evento da Fundação Ulysses Guimarães, do MDB, e se viu paparicado como nunca. E ainda ouviu apelos para se candidatar a presidente.

Quem gosta de miséria é ONG

Os índios já vivem outros tempos. Nesta quarta (25), um grupo que está em Brasília para protestos chamou dois veículos pelo aplicativo Uber e foi se deliciar no restaurante Coco Bambu. Que, aliás, não é barato.

Fanfarrões

Especialistas do setor elétrico agora cobram que Jair Bolsonaro ordene o racionamento de energia para não “agravar a crise hídrica”. Os mesmos que, em vez de estimular a energia solar, fizeram lobby para taxar o sol.

Ausência notada

Aparentemente tomado de ciúmes, o deputado Luiz Miranda (DEM-DF) não compareceu ao evento festivo de filiação a seu partido do deputado distrital Eduardo Pedrosa, liderança de uma nova geração de políticos.

Confissão do fracasso

Ao reclamar dos países que decidiram aplicar a terceira dose de vacina em seus nacionais, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a rigor, confessa seu fracasso na iniciativa Covax, para atender países pobres.

Dentro do prazo

O anúncio do início em setembro da aplicação da terceira dose em quem foi vacinado em janeiro está de acordo com a previsão dos especialistas. A epidemiologista Ethel Maciel, da UFES, fala em prazo de oito meses.

Lacração, em vez de diálogo

Há muito o diálogo deixou de ser qualidade da UNE. Prova disso foi a entidade solicitar audiência com o ministro Milton Ribeiro (Educação) e marcar protesto em frente ao ministério na mesma hora.

Aposta no Brasil

A alta nos casos da variante delta tem preocupado, mas investidores veem a disparada na vacinação, retomada da economia e a previsão de crescimento acima de 5% no PIB como motivos para apostar no Brasil.

Pensando bem...

...nada como uma terceira dose após a segunda.