Cláudio Humberto
Coluna CH / 22 de junho

BHP questiona legitimidade de ingleses em ação contra Samarco

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Área afetada pelo rompimento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais. (Foto: Antonio Cruz/ABr/Arquivo)

Realizou-se na quarta (19) a primeira audiência (pre-trial) da justiça de Londres na ação coletiva da banca de advocacia Pogust Goodhead (PG) contra a BHP e Vale, sócias da Samarco, envolvida no rompimento da barragem. A ação espanta pela ousadia. O PG pede quase R$300 bilhões de indenização para 170 mil pessoas. A defesa da BHP alega que metade não está informada de que, em caso de sucesso, teria de ceder grande parte do dinheiro ao PG, e, no fracasso, arcar com as custas judiciais.

O Pogust Goodhead apresentou dados  números distintos dos apontados pela defesa da BHP, dizendo representar “cerca de 700 mil vítimas de Mariana, incluindo indivíduos, mais de 10 mil indígenas e quilombolas, 46 municípios e mais de 2,5 mil empresas, autarquias e instituições religiosas”. E que o valor das indenizações “é estimado em R$230 bilhões (US$44 bilhões).” Também afirma que as vítimas do desastre não pagam para participar da ação. “Apenas em caso de sucesso”, diz nota de sua assessoria, “o Pogust Goodhead cobra uma média de 22% de honorários” e que, se o julgamento for desfavorável, “o escritório assume todos os custos. Sobre o caso Primodos, o escritório informa não poder comentar a decisão judicial, mas esclarece não haver cobrado dívidas judiciais dos clientes e que “apenas recebe honorários em caso de êxito.”

 

Sem transparência

A BHP também alegou que os questionários não deixam claro se existe autorização dos requerentes para o PG representá-los.

Modus operandi

O mudus operandi do PG é alvo de críticas. Em 2023, um deputado escocês o acusou de desistir de um caso ao perceberam que iam perder.

Pepino milionário

PG desistiu do caso Primodos, produto de testes de gravidez que fez mal a bebês, e pode sobrar para os requerentes até R$68 milhões em custas.

Queixas de clientes

A empresa escolheu como parceiro no Brasil o petista José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e advogado requisitado.

O ato de 1º de Maio, montado para Lula brilhar, foi um constrangedor fracasso de público.

Justiça eleitoral pega leve em crime eleitoral de Lula

A Justiça Eleitoral outra vez pegou leve com Lula (PT), relativizando o crime eleitoral explícito do presidente ao aproveitar o comício de 1º de Maio, no estádio do Corinthians, em São Paulo, para pedir votos ao candidato de extrema-esquerda à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol). Após tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível só por se reunir com embaixadores, a Justiça Eleitoral “condenou” o petista apenas a multa de R$20 mil. Seu candidato, nem isso: R$15 mil.

Um ano no dia 30

A passada de pano no crime eleitoral de Lula ocorre a poucos dias de completar um ano da inelegibilidade de Bolsonaro, em 30 de junho.

Crime configurado

“Está configurada a propaganda eleitoral antecipada com pedido explícito de voto”, concluiu o juiz, que, apesar disso, só fixou “pena” de multa.

Multa deve evaporar

Advogados eleitoralistas já apostam que a “punição” não resistirá a recurso dos “condenados” e não restará nem mesmo multa a ser paga.

Poder sem Pudor

Pronomes trocados

Benedito Valadares era governador de Minas quando foi a uma exposição agropecuária em Curvelo. No discurso de abertura, jurou: “Determinei à Caixa Econômica e aos bancos do Estado a concessão de empréstimos agrícolas a prazos curtos e juros longos.” Um assessor corrigiu, em voz alta: “É o contrário, governador.” Ele respondeu: “Desde que o dinheiro venha, os pronomes não têm importância!”

Conversa de perdedor

Lula continua insultando Roberto Campos Neto, com alegações falsas, só para não reconhecer que a decisão do Copom não foi apenas do presidente do Banco Central e sim de todo o colegiado. Incluindo os diretores que ele nomeou, em decisão unânime. Perdeu, mané.

Mais uma suspeita

Até Silas Câmara (Rep-AM), que tem pregado relação cordial entre bancada evangélica e o governo Lula na Câmara, discute convocar “representante do governo” para explicar as doações do Brasil à Etiópia.

Que fique claro

Até membros do PL pediram que o relator Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) prorrogue o debate sobre o projeto que criminaliza o aborto, e querem que fique claro no texto: mulheres abusadas não serão criminalizadas.

Discurso velho

Quem é contra o jogo precisa reciclar suas alegações. O Brasil é o único país não muçulmano onde a atividade é proibida. Em vez de sociedade “destruída pelo vício”, os que têm cassino favorecem a geração de renda, impostos e empregos, e impedem uso do jogo para lavagem de dinheiro.

Frase do dia

“A Conab do Lula não consegue sair das páginas policiais”

Senador Sérgio Moro (União-PR) e o novo escândalo com empresa ligada à companhia

O relógio e o sítio

A condenação de vândalo que quebrou relógio do Planalto se iguala aos 17 anos de prisão que Lula foi condenado pelo TRF-4 por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia. Acabou anulado, claro...

Mundo da fantasia

“Lula não se contenta em expor a sua demagogia populista apenas na campanha. Insiste em não descer do palanque... ignorando o mundo real”, criticou o deputado Domingos Sávio, presidente do PL-MG.

Apenas incompetência

“O governo não precisa buscar razões para justificar sua incompetência”, diz Alberto Fraga (PL-DF), para quem o governo não corta gastos, não enxuga a máquina pública e agora “inventa” ser contra incentivos fiscais.

Tem é mais

Expectativa do Cepea-USP é de que o estoque de arroz de dezembro deste ano supere o do mesmo período do ano passado. A previsão é de exportação menor, o que vai gerar maior excedente no mercado interno.

Pensando bem...

...elogio a indiciado por corrupção parece conversa em banho de sol.

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