Ação bilionária contra Vale em Londres tem ajuda dentro do Palácio do Planalto

Enquanto o governo negocia com Vale e BHP o valor da indenização relativa ao desastre de Mariana, o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Manoel Caetano Ferreira Filho, tem auxiliado a banca Pogust Goodhead (PG) para que o acerto pelos danos causados no Brasil seja pago via justiça de Londres, que pode render obesas comissões. Ferreira Filho, que defendeu Lula na Lava Jato e o visitava na prisão, não deve ver conflito de interesse em sua conduta.

Fundos abutres

Comissões de éticas examinariam com lupa servidor aliado a um projeto de interesse de fundos abutres caçadores de desastres pelo mundo.

Torcida pelo exterior

Ferreira Filho chegou a declarar que os tribunais do Reino Unido seriam mais apropriados que os brasileiros para resolver a celeuma ambiental.

Caminho das pedras

Thomas Goodhead, CEO do PG, tem portas abertas: acompanhado de Ferreira Filho, até visitou o gabinete do Procurador-Geral da República.

Ferreira Filho confessa que trabalha para britânico PG

O presidente da Comissão de Ética da Presidência da República respondeu aos questionamentos da coluna apenas duas horas após o fechamento. Em seus esclarecimentos, o advogado que participou da defesa de Lula na Lava Jato confessa que, de fato, trabalha para o escritório britânico de advocacia PG, que tenta faturar indenização bilionária da Vale na Justiça do Reino Unido.Leia a íntegra das alegações de Ferreira Filho:"Em resposta ao seu pedido feito à Comissão de Ética Pública, presto os seguintes esclarecimentos:1. Os membros da Comissão de Ética Pública ocupam CARGO HONORÍFICO, SEM REMUNERAÇÃO, que não os impede de continuarem exercendo normalmente suas respectivas profissões de origem;2. Os membros da Comissão de Ética Pública não exercem cargo abrangido pela legislação específica que exija consulta prévia à própria Comissão para o exercício regular de suas respectivas profissões de origem, ficando impedidos de atuarem nos processos em que houver interesse de pessoas com quem mantenham relações profissionais;3. Não compete, portanto, à CEP autorizar ou impedir que seus membros continuem a exercer regularmente suas atividades profissionais;4. Por tais razões, eu, como os demais membros da CEP, não preciso consultá-la previamente para continuar exercendo normalmente minha profissão, desde que não gere situação caracterizadora de conflito de interesses;5. ⁠Faço parte da equipe do escritório Pogust Goodhaed, assessorando-o quanto ao Direito Material Brasileiro, aplicável ao processo que tramita perante a Justiça Inglesa, em que as vítimas do desastre de Mariana pleiteam indenização dos danos que sofreram."

PSD-MG é só reclamação contra Pacheco e Silveira

Sobram reclamações dentro do PSD de Minas Gerais contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, caciques do partido no Estado e que pouco aparecem nos eventos dos correligionários que vão disputar prefeituras neste ano. Os candidatos reclamam que a ausência dos caciques esvazia os eventos e que, pelos cargos com relevância nacional, a simples presença dos dois atrairia a atenção da imprensa e divulgaria os nomes dos candidatos.

Nem aí

Para mobilizar o eleitorado, sobrou para os dez deputados estaduais e os quatro federais, que reclamam do sumiço dos caciques.

À deriva

Sobre Pacheco, o sentimento é de que desde que o senador disse que ia pendurar as chuteiras, o partido ficou à deriva.

Não deu as caras

Exemplo sempre citado é o da prefeitura de Belo Horizonte, quando o prefeito Fuad Noman foi oficializado candidato sem Silveira ou Pacheco.

Poder sem Pudor

Mão no desperdício

Espremidos no banco de trás do carro oficial, Tancredo Neves e mais três parlamentares jogavam conversa fora. Falavam sobre a importância do sexo na vida do homem. Um deles não se sentia à vontade com o assunto: uma deputada correligionária do então governador de Minas, conhecida pelo tamanho do sapato que usava. O papo prosseguiu e a moça só ouvia os comentários libidinosos dos políticos. Percebendo que ela não estava mesmo à vontade, Tancredo colocou a mão delicadamente sobre as pernas da conterrânea e disse, como um lamento: “Ah, menina... já pensou se eu pudesse e se você gostasse?”

Lira com JHC

Em Maceió, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) não deixa os aliados na mão: marcou presença na convenção que oficializou JHC (PL) candidato à reeleição como prefeito.

Tapa na cara do Brasil

O dito popular “quem muito se abaixa mostra o traseiro” se aplica à submissão do governo brasileiro a ditaduras como a de Daniel Ortega, da Nicarágua, amigo de Lula, que expulsou o embaixador do Brasil em represália à sua ausência em evento do regime. Só faltou mandar fuzilar.

Olho na sinecura

Presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz (MDB) antecipou sua reeleição como parte da jogada que definirá duas vagas na ambicionada sinecura de conselheiro do Tribunal de Contas do DF.

Gostos alinhados

Para o deputado Osmar Terra (MDB-RS), a postura do governo PT em relação à Venezuela afeta a democracia no Brasil. “Se Lula não reconhece fraude eleitoral escancarada, o que podemos esperar aqui?”

Master em Miami

Em Miami, o setor imobiliário foi impactado com o aluguel, pelo banco brasileiro Master, de 2.415 metros quadrados no Brickell, arranha-céu de escritórios de luxo no coração do setor financeiro da cidade.

Cultura de Precedentes

Na terça (14), a partir das 18h na Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal, no STF o jurista André Macedo de Oliveira irá autografar o livro “Cultura de Precedentes e o Papel do Superior Tribunal de Justiça”, prefaciado pelo ministros do STJ Luiz Alberto Gurgel de Faria.

Quase nada

O aumento de 33% no desmatamento da Amazônia em junho só não chamou mais atenção que a marca de 12,4 mil quilômetros quadrados destruídos pelos incêndios no Pantanal.

Agenda

Jair Bolsonaro lotou as ruas do Recife nesta quarta-feira (7), onde cumpre agenda. O ex-presidente fica no Estado até sábado (10), visita também Gravatá, Caruaru e Itambé.

Pensando bem...

...no ocaso, o ex-chanceler Celso Amorim se presta agora, que vexame, a elogiar o “caminho da Justiça” de um ditador sanguinário.