Cláudio Humberto
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES
Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo Vilela88% dos brasileiros não esquecem: houve corrupção no governo Lula
Pesquisa nacional Dataveritas/IRG/Uninter revela percepção curiosa do eleitorado sobre os principais pré-candidatos a presidente. De acordo com o levantamento, 88% dos eleitores dizem que “houve corrupção” no governo Lula (PT), até porque, afinal, o ex-presidente cumpriu pena de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Mas o presidente Jair Bolsonaro não fica muito atrás nesse quesito: 69% dos eleitores responderam “sim” à pergunta sobre se há corrupção no atual governo.
Baixa percepção
É baixa a percepção de 88% de ladroagem no governo Lula, levando em conta os bilhões recuperados e quase 300 condenações à prisão.
Virou político
Bolsonaro, que se orgulha de não haver corrupção no governo, pode ter sido engolido pelo velho conceito de que políticos são todos ladrões.
Eleitorado fiel
A pesquisa indica que 27% afirmam não haver corrupção no governo Bolsonaro. Isso corresponde praticamente ao seu eleitorado “raiz”.
Ah, conta outra
É até engraçado: apesar da abundância de provas, 10% dos eleitores, petistas “religiosos”, dizem que “não houve corrupção” no governo Lula.
‘Vice militar’ é lorota; vice bom é o que tem votos
Em meio a especulações sobre a definição da vice, na chapa de Jair Bolsonaro, levou gente desinformada, mas criativa, a inventar que o presidente estaria buscando outro militar para o lugar de Hamilton Mourão. Mas, na verdade, como qualquer cabeça de chapa, Bolsonaro busca um vice que lhe garanta votos, representando setores, regiões ou gêneros dos quais está politicamente afastado. Sempre foi assim. Bolsonaro não precisa agradar o eleitor militar, ele já tem sua simpatia.
Busca petista
O ex-presidente Lula, por exemplo, tenta identificar um vice que o ajude a enfrentar a repulsa do eleitorado paulista, daí a opção Alckmin.
Última hora
Bolsonaro definiu Hamilton Mourão como vice, em 2018, após a atual deputada Janaína Paschoal roer a corda. Era ela quem ele queria.
Nordestino na chapa
O Planalto considera o ministro Fábio Faria (Comunicações), deputado potiguar, o vice ideal de Bolsonaro em 2022
Poder sem Pudor
Eu bebo, sim
Flores da Cunha foi um dos maiores líderes políticos do Rio Grande do Sul. Mesmo com a reputação de emérito boêmio, chegado ao carteado, às bebidas e às mulheres, como acusou um adversário, num comício: “Não bebo, não jogo e nem ando com mulheres de vida duvidosa!” O líder gaúcho ganhou a eleição admitindo, sem medo de ser feliz: “Pois eu bebo, fumo, jogo, ando com mulheres... E tenho votos.”
Governo ignorado
Após toda pregação inútil contra vacinação de crianças, presidente e do ministro da Saúde passam a vergonha de serem ignorados pelos que mandam nisso, por decisão do STF: prefeitos e governadores.
Indulto confirmado
O ovo indulto de Natal do presidente Bolsonaro beneficiando agentes de segurança condenados por crimes sulposos, era uma das maiores certezas de Brasília. Mas loroteiros de sempre diziam o contrário.
Diferenças
Ao contrário de Rodrigo Maia, que não largou o osso para tentar reverter a derrota iminente, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, não se incluiu na comissão de plantonistas, durante o recesso.
Se fosse STF, ganhava
Na Câmara, só o partido Rede não indicou qualquer representante à comissão de plantão parlamentar no recesso. Caberia à líder do partido indicar um colega. Mas é impossível: ela é a única deputada do Rede.
Levanta o ‘p’!
Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a decoração de Natal traz palavras iluminadas como “Esperança” e “Superação”. Mas há um sinal preocupante: a palavra “Prosperidade” está danificada, com o “p” caído.
Ninguém merece
A campanha eleitoral do ano que vem no rádio e na TV vai durar pouco mais de 30 dias, entre 26 de agosto e 29 de setembro. E a propaganda eleitoral geral, inclusive na internet, de 16 de agosto a 1º de outubro.
Não pode, mas pode
A partir de 1º de janeiro está proibida por lei a distribuição de bens, valores ou benefícios pela gestão pública, exceto em calamidade, emergência e execução orçamentária do exercício anterior.
Democracia
No final de dezembro de 1978, a Espanha mudava a Constituição que oficializa o fim da ditadura do “generalíssimo” Francisco Franco, após cerca de 40 anos, e o início do reinado do admirado rei Juan Carlos I.
Pensando bem...
...para um Natal feliz mesmo, só evitando bate-boca político.