70% dos deputados que apoiam a PEC 6×1 nunca foram empregadores

A coluna cruzou as assinaturas com a declaração de bens dos 194 deputados federais que apoiam a redução da jornada de trabalho (mas não dos salários). Das quase duas centenas desses políticos, apenas 60 têm alguma participação societária em empresas que penam para gerar empregos e pagar salários. As declarações de bens da Bancada da Lacração no Congresso estão disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral. Alguns têm só participações como pequenos acionistas da Petrobras.

Ela é rentista

A própria autora da PEC, Erika Hilton (Psol-SP), nunca teve empresa que empregue pessoas, mas tem quase R$20 mil aplicados em renda fixa.

Zero emprego

Tem até comunista se deliciando no mercado. A sem-empresa Alice Portugal (PCdoB-BA), outra “rentista”, tem renda fixa do Banco do Brasil.

Ninguém quer moleza

Dono da Havan, que gera mais de 20 mil empregos diretos, Luciano Hang resume: “o brasileiro não quer trabalhar menos, quer viver melhor”.

Custo da medida

Empresas de serviços prevêem aumento de até 15% nos preços. A Federação das Indústrias de MG estima perda em R$38 bilhões.

Bomba expôs reunião de Lula com ‘nata’ do STF

Enquanto o homem-bomba se explodia diante do Supremo Tribunal Federal (STF), pelas 19h30 de quarta (13), o presidente Lula (PT) recebia na residência do Alvorada a “nata” da corte, como Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin e o decano Gilmar Mendes. A reunião fora da agenda, combinada antes, passaria em brancas nuvens, mas acabou exposta em razão da curiosidade pelo paradeiro do grupo no momento do atentado. Por lei, a agenda dessas autoridade deve ser pública.

Agendas omitidas

De todos os presentes, somente o ministro Cristiano Zanin divulgou sua agenda de quarta (13), mas não citou a reunião com Lula no Alvorada.

Estes são os eleitos?

A presença do diretor da Policia Federal gerou a versão de que Lula teria tratado de “segurança” com os ministros, mas, por que só com estes?

Despacho inusitado

A oposição estranhou o chefe de governo despachando com ministros do Supremo, algo improvável ou ao menos raro nas melhores democracias.

Poder sem Pudor

Jeito de sentir saudades

Adhemar de Barros gostava tanto do amigo José Paulo Freire que até o nomeou para um cargo importante, no governo de São Paulo. Pouco tempo depois, Jânio Quadros venceu as eleições e processou Adhemar, que resolveu passar uma temporada na Bolívia. Lá, soube que o amigo José Paulo virou aliado de Jânio. De volta a São Paulo, Ademar se queixou: “⁠Bastou eu viajar para você me trair, ficando com o Jânio.” O amigo apresentou uma desculpa curiosa: “⁠De jeito nenhum. Fiquei com Jânio só para ter saudades do senhor...”

Bolsonaro na lista

“No WhatsApp dele ele fala que queria matar o Bolsonaro também”, revelou a governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), sobre o homem que se matou na frente do STF com uma explosão.

Pressa é má conselheira

Chamaram a atenção as declarações apressadas, em tom conclusivo, de ministros do STF e TSE sobre o homem que se explodiu na praça dos Três Poderes, mal os inquéritos sobre o caso tinham sido abertos.

Pacificação pelos ares

O homem-bomba Francisco Wanderley Luiz não apenas se explodiu como também detonou as chances da pacificação do Pais, reforçando o discurso de ódio dos que continuam com sangue nos olhos por vingança.

Papa em Brasília

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), convidou pessoalmente o Papa Francisco a visitar Brasília no aniversário da capital, em abril, por ocasião dos 65 anos da Arquidiocese, e pediu suas orações pelo Brasil.

Sem saudade

O deputado Fernando Monteiro (PE) está de malas prontas para deixar o PP de Eduardo da Fonte rumo ao Republicanos, do ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). Sem a menor saudade de Dudu da Fonte.

Eterna vítima

Não surpreendeu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a denúncia do cabidão de empregos garantido pelo presidente dos Correios, nomeando clientes da ex-mulher: “Os Correios sempre foram vítimas dos petistas”.

Pura plantação

Não tem quem no PT corrobore notícia plantada que aponta o senador Humberto Costa (PE) como o nome do partido para ocupar a próxima vaga no TCU, que é da Câmara. O próprio Costa já desmentiu.

Bilhão liberado

A Câmara aprovou crédito extra de R$1,2 bilhão para o governo Lula em razão das enchentes no Sul. A grana deve ser usada para recuperar arquivos, estradas, equipamentos do Bacen e medidas de defesa civil.

Pensando bem…

…por enquanto, Lula cortou o corte de gastos.