Contra a Justiça, agência do petróleo insiste favorecer distribuidores

ANP não abre mão do cartório que criou para seus amigos das atravessadoras de combustível

Derrotada na Justiça Federal, que autorizou usinas de três Estados a vender estoques de etanol diretamente aos postos, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) não abre mão do cartório que criou para seus amigos das distribuidoras/atravessadoras. O esquema é perverso: a ANP obriga as usinas a venderem seu etanol somente às distribuidoras, mas as autorizou a não comprar o produto. Ao mesmo tempo, proíbe as usinas de vender o etanol já produzido a outros, incluindo postos, por exemplo.

Resolução muito suspeita da ANP, de 2009, criou o cartório que obriga produtores de combustíveis a venderem os produtos só às distribuidoras.

A resolução é muito suspeita porque distribuidoras/atravessadores não agregam valor aos combustíveis, que assim chega mais caro ao posto.

As distribuidoras/atravessadoras só produzem notas fiscais e escândalos de corrupção, como mostraram inúmeras operações da Polícia Federal.