Brasil provoca China avaliando apoiar Austrália na investigação da origem do coronavírus
Chanceler Ernesto Araújo teve longa conversa com a homóloga australiana Marise Payne sobre o assunto
O governo do Brasil flerta com o perigo: avalia se juntar à Austrália na defesa de “investigação independente” das origens do covid-19 na China. O chanceler Ernesto Araújo conversou demoradamente, sexta (8), com a colega australiana Marise Payne. A ideia ofende tanto os chineses que a retaliação não tardou: na terça (12), o governo de Xi Jinping suspendeu a importação de carne bovina de quatro abatedouros, dois deles da JBS, e decidiu também taxar a cevada australiana em 76,8%. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O governo da Austrália pretende investigar, por exemplo, se o covid-19 foi produzido em laboratório, como acreditam alguns especialistas.
Itamaraty confirma a conversa dos chanceleres dos dois países quatro dias antes das primeiras retaliações chinesas contra a Austrália.
Araújo e Marise Payne, diz o Itamaraty, “decidiram trabalhar juntos e de modo coordenado para enfrentar os desafios da crise do covid-19”.
Hostilizado a cada frase sobre a China, Ernesto Araújo tem sido aberto a convites como o da Austrália para discutir o país de Xi Jinping.