ONGs processam Estado por tortura, mas deixam vítima fora da indenização
ONGs pedem quantia milionária, mas vítima só levou votos de solidariedade
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral de Rua da Arquidiocese São Paulo, decidiu processar o Estado de São Paulo pelo episódio em que um homem teve os pés e as mãos amarrados por policiais militares após ser suposto furto em um mercado na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. A ação, assinada por outras três entidades, pede indenização de R$500 milhões a título de danos morais coletivos.
Apesar da nota divulgada pelas entidades dizer que o processo é “por ato de tortura contra pessoa em situação de rua”, a vítima do caso não verá um único centavo da indenização, caso haja êxito no processo.
A ação pede que a indenização seja “integralmente revertida em favor de políticas públicas para população vulnerabilizada”, justamente a área de atuação das entidades.
Ao homem filmado em situação de tortura, as entidades se limitaram a expressar solidariedade.
Assinam a nota que informam sobre o processo a Educafro Brasil, Centro Defesa dos Direitos Humanos Pe. Ezequiel Ramin, Pastoral de Rua da Arquidiocese São Paulo e Observatório da Aporofobia Dom Pedro Casaldáliga.