Lupi expulsa 50 filiados do PDT por serem de ‘extrema-direita’

O ex-presidente nacional do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi, ordenou que o partido fizesse a identificação e a expulsão de “infiltrados”  de extrema-direita do partido registra o Diário do Centro do Mundo. Ele fez a determinação em maio deste ano. Ao menos 50 filiados foram retirados. 

O movimento em que eles fazem parte é chamado de  “Nova Resistência” e nasceu em 2015. Desde 2019 o grupo tem buscado espaço em partidos com pautas nacionalistas e alguns membros conseguiram lugares importantes no PDT. 

Para expulsar os “infiltrados”, a força-tarefa teve aval de Lupi, do atual presidente em exercício do partido, André Figueiredo (PDT-CE) e do diretor da Fundação Leonel Brizola e dirigente da legenda no Rio de Janeiro, Matheus Felippe. 

Foi levantado pela sigla uma lista com nomes e provas de envolvimento com o movimento e uma força-tarefa para permanecer acompanhando eventuais novas infiltrações do grupo foi encaminhada. 

“Em maio, Lupi me ligou pedindo uma lista com os nomes e o máximo de provas de cada pessoa envolvida com a Nova Resistência no partido, para que essa fosse apresentada ao Diretório Nacional que faria a expulsão imediatamente”, conta Matheus Felippe ao Congresso em Foco

A Amaryllis Rezende, vice-líder do movimento, chegou a ocupar uma vaga na direção do segmento feminino do PDT e está entre os filiados expulsos.  

Felippe lamentou que a Justiça não tenha um esforço com o líder do movimento e afirmou que a iniciativa da sigla foi bem-sucedida.  

“O que o partido poderia fazer já foi feito. Nós expulsamos todos os nomes levados até nós. Outros movimentos já estão alertas sobre o que é esse movimento. Só que o trabalho precisa sair um pouco das burocracias partidárias e ir para a Justiça”, apontou a Justiça

O grupo do movimento foi alvo de um inquérito do Department of State. O órgão acusou a Nova Resistência de compor a rede de desinformação sobre a guerra da Ucrânia na América Latina.