Ex-governador do DF, Agnelo Queiroz fala sobre abandono do PT: ‘coisa de caráter’

Em entrevista ao Podcast Diário do Poder, o ex-governador Agnelo Queiroz explicou seu sentimento e permanência no PT

Em entrevista ao Podcast Diário do Poder, o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz explicou seu sentimento e permanência no Partido dos Trabalhadores (PT), sigla do presidente Lula, após os escândalos que marcaram o mandato. 

Ao ser questionado sobre a impressão de abandono que o PT deu ao ex-governador, Agnelo afirma que o partido por ser plurilateral “não tem essa solidariedade” mas diz que no caso dele não recebeu tal tratamento de “todos os companheiros do PT”.  

“Não posso dizer de todos porque muitos companheiros do PT tiveram solidariedade comigo. Não a direção e não o partido aqui em Brasília, não teve isso e é muito ruim porque a solidariedade é coisa de caráter de formação das pessoas”, explica Agnelo Queiroz. 

O ex-governador alega também que muitos dos ataques que recebeu, não foram apenas por ser governador mas por estar ligado ao PT. “Os ataques a mim vieram não ao Agnelo e eu compreendo bem isso, senão eu acho que não tinha nem estrutura para segurar o que aconteceu, mas é muito porque eu era do PT e tinha que tomar pau”. 

Em outro momento da entrevista, o ex-governador Agnelo Queiroz afirmou que “lavou a alma” sua absolvição por unanimidade, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, de acusações como corrupção e improbidade na construção do Estádio Nacional Mané Garrincha e da reforma do Autódromo Internacional de Brasília e assinatura de contratos para a realização em Brasília de corridas de Fórmula Indy e GP de Motovelocidade, a Fórmula 1 do motociclismo. 

 E se emocionou, com voz embargada e lágrimas nos olhos, ao recordar o sofrimento causado pelas acusações a seus familiares, inclusive sua mãe octogenária.