Drauzio Varella desmente Boulos e diz não atuar em pré-campanha do PSOL

Deputado disse que médico era parte da equipe de especialistas que vai elaborar o programa de governo no tema da cracolândia

O médico Drauzio Varella disse nesta segunda-feira (16) não participar da pré-campanha das eleições de para prefeitura de São Paulo de Guilherme Boulos (PSOL), desautorizando o deputado federal, que mencionou o oncologista como parte de sua equipe de especialistas. 

Boulos citou uma lista de nomes em uma entrevista para a imprensa que, segundo ele, fazem parte dos grupos temáticos de saúde, educação e cracolândia da sua pré-campanha. Drauzio seria um dos participantes do grupo dedicado à cracolândia. 

Na noite de segunda-feira (16), a equipe de comunicação da Rede Globo mandou uma nota a Folha de São Paulo informando que Drauzio “não tem envolvimento com nenhum partido ou candidato”. 

A pré-campanha de Boulos afirmou a Rede Globo que “a fala do deputado durante a coletiva de imprensa induziu ao erro”. 

“O deputado fez a Drauzio apenas um convite para debater institucionalmente o tema da cracolândia. Temos ciência de que, por razões contratuais, Drauzio sequer pode ter vínculo formal com qualquer campanha ou candidatura”, informa a nota. 

“Estamos construindo nosso grupo de cracolândia, multidisciplinar, que tem desde profissionais de saúde, como Drauzio Varella, que foi convidado, vai participar do nosso grupo, até profissionais da segurança pública, como Benedito Mariano, que coordenou o [programa] De Braços Abertos na gestão [Fernando] Haddad”, disse ele. 

Boulos mencionou ainda como participante do grupo da cracolândia a urbanista Raquel Rolnik. 

O deputado já sofreu uma queda em sua equipe de especialistas após seu primeiro posicionamento sobre a guerra em Israel, ao não mencionar o Hamas, e acabar sendo supostamente ligado a facções terrorista por adversários. Na semana passada, o ex-secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn, ex-secretário estadual de Saúde, da gestão João Doria (ex-PSDB), saiu do comando das discussões sobre a área de saúde no futuro plano de governo do psolista. 

Jean Gorinchteyn, o ex-secretário estadual de Saúde, que é judeu e apoia Israel, resolveu abandonar a atividade na semana passada “diante da postura pró-Palestina que não menciona ou condena o grupo extremista islâmico armado Hamas pelos atentados terroristas em Israel”, justificativa apresentada em nota a Folha de São Paulo.