CNJ mantém afastamento do juiz Eduardo Appio, o LUL22

Afastamento do juiz foi mantido para não atrapalhar as investigações

O juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pela Lava Jato no Estado, vai continuar afastado das funções. A decisão é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e foi divulgada nesta segunda-feira (17).

O magistrado está afastado desde maio, acusado de fazer uma ligação telefônica para o filho do desembargador Marcelo Malucelli para confirmar o parentesco. O advogado João Malucelli é sócio do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro em um escritório de advocacia.

Na decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, é destacada a necessidade do afastamento do juiz para não atrapalhar as investigações.

“A continuidade do magistrado investigado no exercício da atividade jurisdicional poderia atrapalhar a regular apuração de todo o ocorrido, como livre acesso aos sistemas de informática da Justiça Federal e a possibilidade de manipulação de dados essenciais à investigação, o que também constitui outro fundamento relevante para a manutenção do seu afastamento”, decidiu.

Eduardo Appio já se envolveu em outras polêmicas, como o uso do login “LUL22” para acessar o sistema eletrônico da Justiça.

O magistrado também fez doações à campanha do agora presidente Lula nas últimas eleições. O curioso valor doado por Appio foi de R$13; número do Partido dos Trabalhadores (PT) nas urnas.