Polícia confirma que não há sobreviventes em acidente com helicóptero

Pela dificuldade de acesso os corpos continuam no local, mas devem ser retirados ainda hoje

Após a descoberta do paradeiro do helicóptero que desapareceu em 31 de dezembro, saindo de São Paulo com destino a Ilhabela (SP), com quatro pessoas a bordo, a Polícia Militar de São Paulo confirmou, em entrevista coletiva, que todos os ocupantes foram encontrados mortos, o piloto Cassiano Teodoro (44 anos), Luciana Rodzewicz (45 anos), sua filha Letícia (20 anos) e Rafael Torres (41 anos).  

As mortes foram confirmadas pelo Comandante da Aviação da PM, o Coronel Ronaldo Barreto, que liderou a missão de busca. Sem caixa-preta ou formas de rastreio o helicóptero não pôde fornecer informações sobre a falha. A investigação e a perícia dos corpos serão realizadas. 

“Já foi localizado, às 9h15 da manhã. É um local de difícil acesso. Nesse momento, os tripulantes da aviação da PM estão no local recolhendo informações. A partir de agora, existe uma cadeia de acionamento de órgãos de investigação, tanto da Força Aérea Brasileira, quanto da Polícia Técnico-científica, que vai periciar todos que estavam a bordo”, disse o Coronel Ronaldo Barreto, comandante de aviação da Polícia Militar de São Paulo. 

“Podemos falar que todos os ocupantes estão naquela região, todos os que estavam a bordo estão mortos”. “Infelizmente, queria dar uma notícia diferente, mas estão todos mortos. Todos na aeronave”, completou ele.   

Veja o momento em que a polícia acessou o local da queda da aeronave:

Pela dificuldade de acesso, os corpos continuam no local, mas devem ser retirados ainda hoje. A região montanhosa e de mata bastante fechada atrapalham o processo de retirada. Esse processo de retirada é complexo por ser uma região montanhosa e de mata muito fechada. 

Em 2022, o Ministério Público Federal de São Paulo recomendou que as empresas responsáveis pelo helicóptero que desapareceu no Litoral Norte de São Paulo parassem de prestar serviços de aviação. O helicóptero em questão, de prefixo PR-HDB, é mencionado na denúncia que tem como foco o piloto Cassiano Teodoro, de 44 anos. 

As empresas anunciavam nas redes sociais o serviço de táxi aéreo de forma irregular e clandestina, com voos operados por Cassiano, segundo a denúncia. Tais empresas não possuíam a certificação para o serviço pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Além disso, as empresas utilizavam aeronaves que se encontravam com os Certificados de Aeronavegabilidade suspensos.