Reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa como uma das vozes dominantes da direita brasileira no Youtube, o economista Paulo Kogos falou ao Diário do Poder sobre impressões recentes da economia nacional. De acordo com a análise, a baixa nos preços da cesta básica sentida no bolso do brasileiro “é o que nós colhemos da boa administração de Jair Bolsonaro, que conseguiu, durante a pandemia, manter o campo bem abastecido de insumos”.
Kogos não é otimista e prevê que a política adotada pelo Governo Lula em relação à Petrobras acabe rápido com o equilíbrio no consumo.
“A Petrobras deixou de usar os preços internacionais dos combustíveis como indexadores. O que significa que o pagador de imposto, a poupança e o capital investido na economia estão subsidiando o valor dos combustíveis e dos gêneros alimentícios. Mas isso é insustentável. E quando a conta chegar, o preço da cesta básica vai explodir”.
Para o economista, outro fator que vai reverberar negativamente é a vulnerabilidade do homem do campo diante do endurecimento das regras sobre a posse de arma e o aumento no número de invasões de terras. Ele recorda que a normalização das invasões de propriedade tornou-se comum em países como Zimbábue e África do Sul durante governos totalitários.
“No campo, mais que em qualquer lugar, o armamento é um bem de capital por meio do qual você consegue se proteger dessas invasões arbitrárias. Em países onde fazendeiros são vitimados constantemente, a produção cai, e quando a oferta cai, o preço aumenta. Se no Brasil o fazendeiro enfrentar uma insegurança tão grande, ou ele vai repassar os custos ao consumidor, impondo uma proteção adicional aos produtos ou ele simplesmente vai abandonar o mercado e nós vamos perder oferta”.
Defensor da soberania do indivíduo através da propriedade privada e do livre mercado, Kogos criticou o inchaço da máquina pública observado na atual gestão do executivo federal e avaliou que “quanto menos dinheiro sobra, menos investimentos teremos para fazer o capital chegar a pequenos investidores”. De acordo com o influenciador, esse mecanismo aproxima nossa economia dos precedentes históricos comunistas “numa progressão geométrica”.