Americanas diz que ex-CEO mentiu e tem responsabilidade em fraude
Por meio de comunicado, empresa lista de evidências que comprovariam falsificação do ex-CEO
Em nota encaminhada à imprensa, a Americanas acusou o ex-ceo Miguel Gutierrez de participar da fraude de mais de R$20 bilhões nos balanços contábeis da companhia. A varejista reafirmou que o relatório preliminar apresentado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Americanas indicam fraudes financeiras cometidas na Administração pelo diretor anterior, no caso, Miguel Gutierrez.
No comunicado, as Americanas listam evidências novas que comprovam a falsificação dos demonstrativos financeiros.
De acordo com o documento, foi localizado um arquivo digitalizado pelo próprio Gutierrez que apontam a existência de duas versões dos demonstrativos da Americanas, uma de uso interno pelo Gutierrez e outra destinada ao Conselho de Administração, além de dois emails enviados por Miguel Gutierrez aos ex-diretores com orientações para que não fossem levadas respostas a dúvidas sensíveis sobre o endividamento da companhia e reclamações sobre o “mar de comentários”, referindo-se aos questionamentos dos membros do Comitê de Auditoria.
A Americanas nega todas as alegações do ex-CEO de que todos os órgãos da administração tinham conhecimento de que a companhia estava em dificuldades financeiras e afirma que “foram identificadas várias contradições e mentiras nas alegações contidas na carta apresentada por Miguel Gutierrez”.
A companhia finaliza o comunicado dizendo que confia na competência de todas as autoridades envolvidas nas apurações e investigações e reforça ser a maior interessada no esclarecimento dos fatos e declara que “irá responsabilizar judicialmente todos os envolvidos na fraude”.