8 de janeiro: Advogado desmente senadora sobre liberação de presos

Soraya Thronicke disse que réus atendidos pela Defensoria Pública estavam em liberdade

Para a senadora Soraya Thronicke (União-ms), os presos do dia 8 de janeiro não devem ser ouvidos pela CPMI que investiga executores, autores intelectuais e financiadores das depredações ao patrimônio dos três poderes. A parlamentar considera que são “peixes pequenos”, enquanto ao escopo da CPI interessa saber quem estava por trás dos atos.

Durante a última reunião da Comissão, Soraya creditou a Defensoria Pública a informação de que todos os presos assessorados pelo órgão respondiam em liberdade e que apenas aqueles defendidos por advogados contratados permanecem na Papuda e Colmeia.

“Isso não é verdade. Vamos parar com fakenews”, reagiu o senador Eduardo Girão (Novo – Ce).

O Diário do Poder ouviu o advogado Bruno Jordano, que acompanha diretamente 8 pessoas acusadas de participação nos atos, para apurar o ruído entre as alegações dos congressistas. O jurista enviou à redação um documento, em que consta a data de audiência realizada ontem (12), descrevendo entre as principais informações, a participação específica do Defensor José Carvalho do Nascimento Júnior para representação de um dos denunciados. O documento ainda detalha o pedido de liberdade provisória feito pela defensoria ao réu que continua preso.

“Nós temos muitos presos sendo atendidos pela Defensoria. Nós nos certificamos. Essa semana a Defensoria fez audiência de réus presos. Encontramos ações penais em que a Defensoria está habilitada, tem sido intimida, tendo defesas escritas para o momento atual. Então a senadora Soraya trouxe uma inverdade em sua fala”, avaliou.