Venda de imóvel novo cai 30% em novembro, ante mesmo mês de 2015

Foram 1.724 unidades vendidas em novembro de 2016

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo em novembro de 2016 somaram 1.724 unidades, volume 14,4% superior a outubro do mesmo ano e 30,3% inferior a novembro de 2015.

No acumulado de janeiro a novembro de 2016, foram comercializadas 14.048 unidades residenciais, volume 18,7% inferior ao total vendido no mesmo período de 2015, de acordo com pesquisa divulgada há pouco pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

A cidade de São Paulo registrou em novembro de 2016 o total de 3.214 unidades residenciais lançadas, volume 45% superior ao percebido em outubro e 8,8% inferior a novembro de 2015. No acumulado do ano, os lançamentos totalizaram 15.603 unidades, queda de 19,5% em comparação ao mesmo período de 2015.

A velocidade de vendas – indicador que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas – foi de 6,5% no mês de novembro de 2016, apresentando melhora frente ao patamar de 5,8% de outubro.

Com isso, a capital paulista encerrou o mês de novembro de 2016 com a oferta de 24.968 unidades disponíveis para venda, um acréscimo de 1,6% em relação ao mês anterior.

Avaliação. Novembro foi o melhor mês de 2016 em quantidade de imóveis lançados. Somado com outubro, os dois meses representaram 35% do total de lançamentos do ano.

"A quantidade de lançamentos nos meses de outubro e novembro merece destaque, porque comprova a volta, ainda tímida, da confiança dos incorporadores na economia e no funcionamento das nossas instituições", analisa em nota o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

Crescimento do setor. O Secovi-SP espera recuperação do mercado imobiliário na capital paulista neste ano, em decorrência dos primeiros sinais de melhora do cenário macroeconômico e da conjuntura local.

"A previsão para este ano é de reversão das tendências negativas da economia. E esse movimento, mesmo que lento, poderá propiciar o crescimento do mercado imobiliário de 5% a 10%", afirma o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Sindicato da Habitação, Emilio Kallas, em nota distribuída à imprensa.

Kallas acrescenta que outro fator preponderante para uma mudança de patamar é a renovação do ânimo dos empreendedores com a eleição de João Doria. Na sua avaliação, o novo prefeito é sensível à economia de mercado, entende que o Plano Diretor e a Lei de Zoneamento travam o setor imobiliário. Na sua avaliação, o prefeito estaria disposto a estudar melhorias consideráveis nesses marcos regulatórios.

O presidente do Secovi-SP, Flávio Amary, acrescenta a importância da redução da taxa básica de juros, que podem chegar ao patamar de 10% ao ano no fim de 2017.

"A queda permanente da Selic vai permitir que a caderneta de poupança, fonte de recursos para o financiamento à produção e à comercialização de imóveis, volte a ser atrativa", observa. Na sua avaliação, isso fará com que os saques diminuam, e a captação volte a ser positiva.

Amary espera também que os bancos voltem a diminuir as taxas de juros para crédito imobiliário, colaborando com a recuperação das incorporadoras. (AE)