CCJ do Senado avalia nesta terça PEC Fura-Teto, que deve cair para 2 anos
Proposta reduz prazo, mas mantém cerca de R$200 bilhões a descoberto
A Comissão de Constituição. Justiça (CCJ) do Senado deve avaliar nesta terça-feira (6) a chamada PEC da Transição ou PEC Fura-Teto”, que tem como relator o senador Alexandre Silveira (PSD-MG).
A proposta exclui do teto de gastos cerca de R$200 bilhões, sendo R$175 bilhões para pagamento do Bolsa Família no valor de R$600, e mais R$ 23 bilhões para serem aplicados em “investimentos”, quando houver excesso de arrecadação.
A intenção dos senadores é é votar a PEC já no plenário do Senado na manhã desta quarta-feira (7) e à tarde. Na semana seguinte, a expectativa é que a Câmara dos Deputados aprecie a proposta.
Inicialmente, a equipe de transição defendeu que a exclusão dos valores do teto de gastos valesse por quatro anos, mas, segundo o relator, a proposta não foi bem recebida e deve ser modificada por um substitutivo que propõe dois anos de prazo.
“Hoje vai ser um dia de articulações, negociações, de conversar com os senadores, de contar os votos para que amanhã a gente possa aprovar, se possível, na Comissão de Justiça [do Senado]”, explicou o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Ele lembrou que, para ser aprovado, o texto, precisa de, no mínimo, 49 votos favoráveis de senadores e 308 de deputados em dois turnos de votação em cada uma das Casas.
A reunião ocorreu pela manhã na residência oficial do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e também contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além deles, participam os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Alexandre Silveira (PSD-MG) e os deputados Hugo Leal (PSD-RJ) e Celso Sabino (União-PA), presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e cotado para ser o relator da PEC na Câmara.