Mãe de menor morto a facada reage à defesa do bandido pela esquerda

Ativista diz que criminoso deve ser "acolhido", indignando mãe enlutada

A Câmara Municipal de Florianópolis convidou Solane Moraes Arneiro Neves, mãe de Talles Arneiro Alves, menino de 17 anos, que foi assassinado, com uma facada no peito, no mês de novembro, em Florianópolis, por Jonas Alves de Souza, que morava na rua, acumula quase 30 passagens pela polícia e respondia aos crimes em liberdade.

A audiência na Câmara da capital catarinense tinha como tema principal a assistência pública a moradores de rua e contou com a presença de líderes de movimentos de esquerda que obrigaram a mãe de Talles a suportar mais de uma hora de relativização do assassinato do filho.

Os discursos oscilaram entre a caricatura de uma relação entre oprimidos e uma suposta ‘elite do atraso – opressora dos mais humildes’, pedidos pela reforma e instalação de novos banheiros públicos e restaurantes comunitários e até ‘lições de moral’ sobre ‘acolhimento’ e ‘generalização’.

Solane respondeu aos discursos dizendo que houve um equívoco na programação da audiência, pois o assassino do seu filho não é simplesmente um morador de rua. “É um criminoso que foi solto pelo benefício da justiça”.

Ela afirmou que para assegurar os direitos de pessoas que lutam por dignidade é necessário separá-los dos criminosos.  A mãe do menino Talles ainda chamou de hipócrita quem prega alternativas assistencialistas aos moradores de rua ao invés de capacitação e geração de emprego. “Vocês querem dar esmolas. Eles precisam de emprego”.

E completou: “Se vocês estão querendo falar de assistência pública, eu não sei o que estou fazendo aqui. Mas se for para falar de falta de segurança e leis frouxas, aí eu estou aqui”.

Após a fala da mãe enlutada, uma mulher identificada como Veronica Marques, líder de um movimento que representa pessoas em situação de rua, disse que o assassinato de Talles ilustra o caso de ‘irmãos que brigam’. “Quando nosso filho faz alguma coisa de errado com a irmã mais nova, a gente não violenta esse filho que fez algo de errado, a gente acolhe e traz consciência”.

 

A mãe de Talles interrompeu para “deixar bem claro que Jonas é um criminoso, não um filho que precisa de um castiguinho ou uma palmadinha”, sendo aplaudida pelo auditório.