Genoíno diz não ser antissemita, mas não recua de ‘boicote a judeus’

Defesa de "boicote a judeus" fez lembrar iniciativas semelhantes na Alemanha nazista

O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e ex-deputado José Genoíno “repudiou” a declaração indignada da Confederação Israelita do Brasil (Conib), que o acusou de antissemitismo ao pregar o boicote a “empresas de judeus” ou ligadas a Israel.

A declaração, que valeu denúncia de racismo contra o petista que cumpriu pena por roubar dinheiro público, fez lembrar o início de tudo, na Alemanha de Adolf Hitler, com “boicote” seguido de proibição de exercício de atividade econômica e, por fim, eliminação física de mais de 6 milhões de judeus, no H0locausto.

“Você pode até criticar o sionismo, mas ser antissemita não. Toda vez que se critica as ações do governo na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, eles usam o antissemitismo como uma rota de fuga. Defendemos os direitos, a soberania, as reivindicações e a história do povo judeu”, declarou.

Apesar de negar ter praticado antissemitismo, o político não se desculpou pela fala onde ele defendeu “boicotar empresas de judeus”.

Genoíno participava de uma transmissão ao vivo no último sábado (20) quando afirmou achar interessante “a ideia de boicote” a “determinadas empresas de judeus” e a “empresas vinculadas ao estado de Israel”.