General de Lula é comparado a Gregório Fortunato
"Anjo negro” de Getúlio agiu “por canina lealdade ao patrão”, lembra cientista político
O papel do general Gonçalves Dias nos atos criminosos de 8 de janeiro, caso se confirmem as suspeitas da oposição, faz lembrar o caso de Gregório Fortunato, segurança (na época, “guarda-costas”) de Getúlio Vargas acusado do “Atentado da Rua Tonelero”, no Rio, que, destinado a assassinar Carlos Lacerda, acabou por matar o major Rubem Vaz. Mas, na época, poucos duvidavam da honradez de Getúlio, considerado incapaz de ordenar um assassinato, mesmo do seu maior adversário. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Para o cientista político Paulo Kramer, a diferença dos casos é que, ao contrário de Fortunato, o caso atual revela “o mais abjeto carreirismo”.
Estudioso de História, Kramer lembra que o “anjo negro” de Getúlio comandou pistoleiros contra Lacerda “por canina lealdade ao patrão”.
Getúlio deixou a vida e entrou para a História em 24 de agosto de 1954, por não suportar a escalada do caso “Atentado da Rua Tonelero”.