TCDF apura prejuízo de R$ 366 milhões no Mané Garrincha

Segundo mais caro do mundo, estádio custou quase R$ 2 bilhões

O corpo técnico do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) detectou por meio de auditoria realizada nos contratos da obra do Estádio Nacional Mané Garrincha supostas irregularidades que somam um prejuízo de R$ 365.896.115,99, esse valor ainda está em discussão.

A fiscalização está verificando, entre outros itens, os pisos, rodapés, tetos, paredes, assentos e escadas. Também estão sendo analisados os recebimentos provisórios e definitivos da obra foram regulares e comprovados pelos seus termos, se as alterações contratuais atendem ao interesse público e se os aditivos são pertinentes e adequados.

Como o contrato para a realização das obras do entorno do Mané Garrincha ainda está ativo, apesar de a obra, que tinha como meta deixar a arena adequada à Copa do Mundo, não ter sido iniciada, e diante da atual crise financeira do GDF, o presidente do TCDF recomendou ao governador Rodrigo Rollemberg a suspensão desse contrato de R$ 287.020.907,46.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou a anulação da concorrência e do contrato dela decorrente. O juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública julgou procedente o pedido do MPDFT, mas a Novacap e o consórcio vencedor entraram com recurso. O recurso da Novacap foi rejeitado e do consórcio está em fase de admissibilidade. Ressaltando que sem o valor desse contrato, o custo da arena passa a ser de R$ 1.748.328.432,96.

Levando-se em consideração o valor contratado de R$ 1.978.265.062,10, incluindo os gastos via Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), as obras do entorno e os reajustes, o custo do assento do ENB, considerando a capacidade de 71.000 lugares, é de R$ 27.862,89, com esses números o Mané Garrincha é o segundo estádio mais caro do mundo, ficando apenas atrás do Wembley Stadium de Londres.