Indicada para cargo vitalício no TCE/BA, mulher de Rui Costa chora e diz sofrer ataques
Se eleita, Aline será a quarta esposa de ministros a receber cargo em um Conselho dos Tribunais de Conta
Em sabatina realizada na Assembleia Legislativa da Bahia, Aline Peixoto, mulher do ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia Rui Costa (PT) relata ter sofrido “ataques sistemáticos”, após ganhar indicação para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA).
Ela é a favorita, até porque representa a vontade do poder petista no estado, mas há outros candidatos e eles estão sendo sabatinados. O resultado será divulgado na próxima quarta-feira (8).
Caso consiga a vaga, Aline receberá um salário de R$ 41 mil em caráter vitalício, e será a quarta esposa de ministros do governo Lula a ter vaga no Conselho do Tribunal de Contas.
“Tentaram me desqualificar apenas por ser casada com o ex-governador da Bahia e atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa”, afirmou Aline.
O líder da bancada de oposição, deputado Alan Sanches (União Brasil), disse que as dúvidas em torno do nome da ex-primeira-dama surgiram pelo parentesco com Rui Costa.
“Todo questionamento que veio não foi pela condição técnica da candidata Aline. Mas muito mais pelo parentesco com o atual ministro Rui Costa. Mas hoje aqui na Comissão de Constituição e Justiça ficou comprovado todos os pré-requisitos necessários para sua inscrição”, declarou Alan.
As outras esposas de ministros que conseguiram vagas de conselheiras em Tribunais de Contas são: Rejane Dias, mulher de Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, eleita para o Tribunal de Contas do Piauí. Renata Calheiros, casada com Renan Filho, ministro dos Transportes, vai ocupar vaga no Tribunal de Contas de Alagoas e a ex-deputada estadual Marília Góes, casada com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, eleita para o Tribunal de Contas do Amapá.
Uma reportagem do jornal “O Globo” informa que dos atuais 232 conselheiros dos Tribunais de Contas cerca de 30% deles são parentes próximos de políticos, ou seja, fazem uso da prática de nepotismo. Essa prática é considerada ilegal e antiética, pois pode comprometer a qualidade dos serviços prestados à população e favorecer a corrupção.
Tribunal de Contas são instituições com função de fiscalizar se o dinheiro público está sendo bem empregado, e podem inclusive deixar políticos inelegíveis, caso as contas de seu governo sejam rejeitadas.