Simpósio celebra 30 anos de transplante de coração, em Alagoas
Evento discute futuro da cirurgia cardíaca, no estado com transplantado mais longevo do Brasil
A história sobre os 41 anos de cirurgia vascular e 30 anos de transplante cardíaco em Alagoas será o ponto central dos debates sobre o futuro do atendimento digno e seguro aos pacientes alagoanos, no Simpósio de Cirurgia Cardiovascular, que acontece na próxima sexta-feira (9), a partir das 8h, no Centro de Convenções de Maceió (AL). O também celebra o sucesso da cirurgia cardíaca, tendo como maior exemplo o fato de Alagoas ter o transplantado com maior tempo de vida no Brasil, Francisco Sebastião de Lima, de 45 anos, que recebeu um coração, após sofrer com a Doença de Chagas.
Otoni Veríssimo, diretor-executivo da Cordial, lembrou que o evento promoverá um encontro multiprofissional de transplante cardíaco, com a presença de pacientes transplantados, de seus familiares, e de profissionais que participaram de todo o avanço na cirurgia cardíaca de Alagoas.
“Será um momento de celebração da vida, de grande confraternização, de olhar esta história e avaliar o futuro. Discutir o que está acontecendo no presente e como vai caminhar a cirurgia cardíaca no Estado de Alagoas. Para isso, estamos trazendo grandes nomes que contam toda esta histórica no Brasil e que também contribuíram para a cardiologia alagoana, através dessa interação, troca de experiências, expertises e dados científicos entre estes estados”, destacou Veríssimo, ao lembrar do colega cardiologista José Wanderley Neto, como precursor da cirurgia cardíaca.
Para refletir sobre o avanço no tratamento das doenças cardiovasculares, principal causa de mortes no mundo e também em Alagoas, o evento reunirá como convidados os especialistas Enio Buffolo, de São Paulo; Fernando Lucchese, do Rio Grande do Sul; José Teles de Mendonça, de Sergipe; e Ricardo Carvalho Lima, de Pernambuco.
O evento é promovido pelo Instituto de Doenças do Coração de Alagoas (ICD), pelo Hospital do Coração de Alagoas, pela Fundação Cordial e Liga Acadêmica Cardiovascular.
“As estruturas para atendimento não tem conseguido acompanhar e dar as respostas adequadas, sobretudo na promoção de saúde. Iniciamos a cirurgia cardíaca em Alagoas em 1978 com um grupo de jovens e com o apoio de todos os cardiologistas alagoanos. Vamos partilhar essa história e organizar meios para garantir que nenhum alagoano possa deixar de ter um atendimento digno e seguro”, disse o cirurgião José Wanderley Neto, um dos coordenadores do evento.