Senadores pedem à PGR prorrogação da Lava Jato no Rio de Janeiro

Documento foi assinado por 24 parlamentares

Com objetivo de não prejudicar os trabalhos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (16), o senador Eduardo Girão (Pode-CE) conseguiu o apoio de 24 senadores em um manifesto que será entregue à Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando a prorrogação da operação no estado.

Recentemente a PGR postergou o prazo das ações no estado até 31 de janeiro de 2021. No entanto, o Senador contra-argumenta que o tempo pode ser insuficiente colocando em xeque ações determinantes e em curso. “Entendemos a dimensão e a importância da Operação Lava Jato no Brasil, e em ações determinantes no Estado do RJ. Assim esse prazo fixado pela PGR pode ser insuficiente para o avanço de investigações em fase de apuração, ” enfatiza.

O pedido tem em vista o vultoso resultado na Lava Jato no Rio de Janeiro, durante o período de sua existência, a força tarefa já conseguiu a recuperação aos cofres públicos de mais de R$ 1 bilhão, 48 prisões temporárias, 217 prisões preventivas, 471 buscas e apreensões, 35 conduções coercitivas, 6 ações de improbidade administrativa, 56 ações penais e 41 condenações.

A mesma ideia é defendida pelo coordenador da força tarefa no Rio de Janeiro, Procurador da República Eduardo El Hage será, in verbis: “um prazo totalmente inviável para terminar os trabalhos de uma forma tranquila”. Em outro trecho afirmou: “o período de um ano seria necessário para que o trabalho não fosse descontinuado de forma abrupta”.

No estado do Paraná, onde nasceu a Lava Jato, conforme a determinação da PGR, as atividades dos procuradores serão estendidas até outubro de 2021. “Entendemos que no caso do Paraná, essa dilação do prazo foi razoável e pode permitir que sejam concluídas investigações importantes. Porém, não podemos dizer o mesmo em relação ao Estado do Rio de Janeiro, cujo prazo restou muito exíguo e insuficiente para o melhor avanço das apurações”, destaca Girão.

Entre os 24 parlamentares que assinaram o documento, estão: Major Olímpio (PSL-SP), Diego Tavares (Progressista-PB), Carlos Viana (PSD-MG), Reguffe (Pode-DF), etc.