Senador de R$36 milhões é acusado de omitir iate, relógio de R$1,2 milhão…
Senador do MDB-AM também declarou R$18,3 milhões em aplicações financeiras
O senador Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado e candidato a governador do Amazonas, provocou espanto em seu Estado ao declarar patrimônio de quase R$36 milhões.
Ele foi obrigado a declarar sua fortuna para cumprir as regras de registro da candidatura junto à Justiça Eleitoral.
O patrimônio declarado do político, no valor de R$35.789.885,79, soma R$4 milhões a mais do que aquele declarado em 2018, quando se candidatou ao Senado.
Esses valores revelam uma incrível recuperação financeira do político cuja família era considerada falida em 2003, antes de sua primeira eleição para o governo amazonense, segundo apurou o jornalista Ronaldo Tiradentes, presidente da Rede Tiradentes de comunicação. Tiradentes tem inclusive documentos apontando a execução de dívidas da família do senador.
Eduardo Braga informou também aplicações de R$5,5 milhões em ações na Bolsa de Valores, incluindo mais de 36 mil ações da Petrobras.
A fortuna espetacular amealhada pelo político chega a R$18,3 milhões quando inclui aplicações em fundos de investimento e renda fixa.
Do total, são R$ 5,5 milhões somente em ações na Bolsa de Valores. À Justiça Eleitoral, Braga disse ter, por exemplo, 36.002 ações da Petrobras. Contados também os fundos de investimento e as aplicações em renda fixa, a fortuna vai a R$ 18,3 milhões.
Iate, relógio de R$1,2 milhão…
A declaração de patrimônio do senador omite diversos itens importantes, de acordo com Ronaldo Tiradentes, um dos jornalistas mais admirados do Amazonas, que chama atenção para os sinais exteriores de riqueza de Eduardo Braga.
Um dos itens mais impactantes é o relógio Patek Philipe que o senador exibe frequentemente no pulso. Tiradentes apurou que esse relógio é vendido por 245.729 dólares, que equivalem a 1 milhão e 253 mil reais.
Ronaldo Tiradentes também apurou que Eduardo Braga não declarou à Justiça Eleitoral o iate “Felipana”, muito conhecida dos manauaras, de 120 pés de comprimento.
Entre os bens que não foram declarados, segundo o jornalista, estão um apartamento na exclusiva região dos Jardins, em São Paulo, e na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.