Professores lutam em SP para cumprir exigências de Barroso

Trabalhadores são obrigados apresentar carta de próprio punho desautorizando o desconto no salário

Ainda repercute nos  tribunais superiores de Brasília a atitude de centenas de professores de São Paulo que tornaram letra morta, na prática, a decisão do ministro Luis Roberto Barroso, presidente do  Supremo Tribunal Federal (STF), dificultando a vida  de  trabalhadores  que não desejam pagar “contribuição” ou imposto sindical.

Centenas de professores se concentram há vários dias na porta do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa), no centro paulistano, desautorizar o desconto da “contribuição”, transformada em obrigação, para sustentar as atividades da  pelegada sindical.

Essa “contribuição” obrigatória foi extinta pelo Congresso Nacional em 2017, mas a pelegada recorreu ao STF que, mais uma vez, resolveu “legislar”, alterando a lei federal em vigor.

Protesto contra o absurdo

A concentração na porta da entidade se iniciou na  segunda-feira (21), com a abertura do prazo para que os trabalhadores, primeira exigência absurda para dificultar a iniciativa dis trabalhadores que não desejam ver seus salários descontados, Outra exigência que os considerada abusiva é ter de apresentar essa comunicação por escrito, de próprio punho, e presencialmente, em plena era da inteernet.

Esses pedidos também podem ser feitos virtualmente, mas uma instabilidade no site do sindicato levou ao aumento no número de pessoas procurando o local fisicamente, formando filas quilométricas.

A pelegada ficou incomodada com a concentração de trabalhadores na  porta do sindicato e, claro, chamou a polícia, quando a concentração se transformou em um ato de protesto contra o confisco.