Datena diz que não se arrepende por ter agredido Marçal
Marçal sofreu traumatismo no tórax e na mão direita, segundo laudo médico
O candidato à prefeitura de São Paulo, Datena (PSDB), disse por meio de nota, divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Instagram, que admiti que errou mas não se arrepende de ter agredido o também candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB).
Em outro trecho da nota, o apresentador de televisão disse que irá continuar na disputa pela prefeitura de São Paulo para defender a democracia de pessoas como Pablo Marçal e transformar a cidade em um lugar melhor.
Em debate organizado pela TV Cultura entre os candidatos à prefeitura de São Paulo no último domingo (15), Datena jogou uma cadeira em cima de Pablo Marçal durante o debate. A agressão aconteceu ao vivo e gerou um enorme rebuliço nos bastidores.
Marçal logo após ser atingido foi levado ao Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Em boletim médico divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Hospital Sírio-libanês, foi revelado que, Marçal teve um traumatismo na região do tórax e na sua mão direita.
Veja Boletim Médico:
“O paciente Pablo Henrique Marçal foi admitido no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo ontem, 15/9, após traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas.
Foi avaliado pelas equipes de clínica médica e de ortopedia e está de alta hospitalar.”
Durante live em seu Instagram em sua estadia no hospital, Marçal disse que não entende por qual motivo Datena o atacou e ainda debochou da cadeirada, chamando-a de “esbarrão”.
“Uma cena deprimente. Vou sair daqui e vou fazer o corpo delito no IML. Não tem como, não faz sentido o cara fazer um negócio desse. Não faz sentido. Então assim, foi um esbarrão, tá tudo certo, todo mundo aqui sabe, um comedor de açúcar daquele tamanho, ele é mais lento que um bicho preguiça, mas eu fui uma oferta ali, só pro povo sentir o que que é uma pessoa que não tem medo, o que que é alguém levar pelo povo.”
Veja a nota de Datena:
“Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.
Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.
Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.
Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.
Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.
As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.
Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio, agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.
Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.
Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.
Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.
Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.”