Revista retira ‘estudo’ contra cloroquina e OMS se vê em mais uma saia justa

Suposto estudo foi retirado diante de 'preocupações com a veracidade dos dados da pesquisa'

Três autores de um artigo que teria constatado que a hidroxicloroquina aumentou o risco de morte em pacientes com covid-19 retiraram nesta quinta-feira (4) o suposto estudo diante de “preocupações com a veracidade dos dados da pesquisa”.

O episódio tem o significado de mais uma “saia justa” para a Organização Mundial de Saúde (OMS), que apressadamente, em razão do suposto estudo divulgado pela revista The Lancet, decidiu suspender todas as suas análises sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratameeto de covid-19.

A revista inglesa The Lancet, que publicou o suposto estudo, tem fama de ser uma das principais da área médica e científica no mundo. Somente agora a publicação afirma que os autores do suposto estudo “foram incapazes de realizar uma auditoria independente nos dados fornecidos pela empresa Surgisphere, contratada para coletar os dados de hospitais sobre os pacientes.”
O suposto estudo afirmava ter avaliado 96 mil pacientes, mas alguns hospitais não confirmaram os dados utilizados, segundo a imprensa inglesa.

Após os questionamentos, os autores do suposto estudo concluíram que “não podem mais garantir a veracidade das fontes primárias de dados”.

O suposto estudo é alvo também da desconfiança dos meios científicos em razão dos interesses econômicos de grandes laboratórios em desacreditar o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de covid-19, por serem medicamentos muito baratos, cerca de 4 reais, em razão de sua fórmula ser de domínio público.