Rede Sustentabilidade ganha força no DF. Distrital diz o que o fez sair do PT

“Entre princípios e partido, fico com os princípios”, disse

A Rede Sustentabilidade surge como nova força política e está prestes de se tornar a maior bancada na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Até agora, o partido de Marina Silva recrutou os parlamentares Luzia de Paula (ex-PEN), Chico Leite (ex-PT) e Cláudio Abrantes (ex-PT). O deputado Joe Valle (PDT) pode ser o próximo. Ele estaria estudando a possibilidade de se filiar ao partido.

Em entrevista ao programa Gente Brasília, na rádio BandNews FM, Chico Leite explicou os motivos que o fizeram trocar de partido. Segundo ele, havia contradição nas ideias. “Erros são comuns. Um erro, dois, três. Até que esses erros acabam contrariando os próprios princípios. Havia um ambiente de contradições, até gerar um ambiente de insuportabilidade”, disse o parlamentar. “Entre princípios e partido, fico com os princípios”.

Para Leite, a política não pode ser tratada como futebol, onde um gol legal é anulado e um irregular, passa. “Estamos discutindo a vida das pessoas. É isso que faz com que a gente fique na política”, acredita. O partido pode se tornar a maior bancada na CLDF, isso sem ter passado por eleição. Em relação a isso, Leite afirma: “A população está votando em pessoas. O que a rede proporciona é alternativas à população”.

Chico Leite comentou a possibilidade de o senador Reguffe (PDT) se filiar à Rede. Para ele, seria um “grande ganho para a Rede e para a política”. “Há muita empatia dos nossos ideiais com o que ele prega e pratica. Temos hoje muita esperança que ele some força conosco. Tenho debatido com ele nos últimos dias. Ele recebeu um convite forma da Marina (Silva)”, disse.

Crise no DF

Os parlamentares ainda precisam votar o “pacote amargo” de medidas do GDF para conter a crise financeira. Chico Leite avisou que a Casa tem “antipatia” em relação a aumento da carga tributária. “O povo não teve reajuste salarial condizente. Aumento nos impostos é contraditório com o momento que vivemos. O trabalhador vai comprar menos, assim se projeta uma crise maior no setor produtivo. Corremos o risco de ter o pior Natal na história das compras e economia. Vamos discutir os projetos um por um”, avaliou.